segunda-feira, 26 de setembro de 2016

O Tempo X Eu

E depois de muito tempo durante a caminhada volto aqui, movido por um outro tempo que encontrei no caminho e me lembrou que estava na hora de relatar em que "pé", ou melhor...em que tempo estava minha caminhada, e aqui estou neste espaço de tempo que me basta (ou não), relendo meu bloco de anotações para que eu possa dividir com você que lê agora.
Nesta altura da minha viagem por este mundo, continuo encontrando pessoas.
Dando boas vindas, me despedindo, andando junto, andando perto, andando longe e ainda observando muito. Não posso negar que durante algumas vezes me perdi em meu próprio tempo e dentro deste tempo tirei minhas próprias conclusões entre encontros, reencontros e lembranças. Descobri que todas as vezes em que "me perdi" nesse tempo meu próprio  tempo e me vi com minhas conclusões precipitadas... perdi e me perdi feio! As vezes que ganhei, foram poucas e destas poucas, me encontrei  por sorte. E em minhas "perdidas" em meu tempo, fiz uma lista das vezes que não deram certo. E culpei muitas pessoas, esquecendo que o culpado na maioria das vezes era eu. E me vi perante o espelho. Nu, sem nenhuma armadura. E foi aí que passei a escutar minha intuição e me achei em meu tempo para que pudesse doar um pouco de mim para mim mesmo.
Como é engraçado, não é?
Quando nos perdemos em nosso próprio tempo patinamos assim como um carro que fica preso a lama. Esquecemos de olhar para os lados e muitas vezes recusamos ajuda. Recusar ajuda algumas vezes é se dar chance para "bater cabeça" e aprender. Porém recusar ajuda sempre, é burrice.
Dentro deste mesmo tempo, perdemos chances, perdemos amores, perdemos amigos... somente por não saber o tempo da fala e o tempo de análise.
E dentro deste mesmo tempo, perdemos oportunidades, perdemos momentos incríveis.... somente por não saber aproveitar o que escancaradamente nos é oferecido naquele exato tempo.
E assim caminhamos, muitas vezes como os cavalos de charrete com seus antolhos, enxergando somente o que na frente está, conduzido ao tempo de outro a quem nos deixamos levar e perdemos muitas vezes o melhor da vida.
O que acontece daqui por diante? Só o tempo dirá, se você tiver tempo para perceber, se você tiver tempo para analisar, se você tiver tempo para não perder, se você tiver tempo para sonhar, se você tiver tempo para não esquecer, se você tiver tempo para não banalizar, se você tiver tempo para crescer, se você tiver tempo para realizar, se você tiver tempo para trocar, se você tiver tempo para compartilhar, se você tiver tempo para sentir, se você tiver tempo para voltar, se você tiver tempo para ir, se você tiver tempo para saber que mesmo o tempo tem o seu tempo e em algumas vezes é preciso correr para o tempo sincronizar.
E eu estou aqui. No meu devido tempo, trocando meu tempo com você, esperando que seu tempo esteja ao mesmo tempo que o meu, para que nossas engrenagens possam funcionar.
Estou de novo aqui a meu tempo, não sei por quanto tempo, porém minha troca com ele (e com você), continuará.
Te vejo aqui.
Te vejo em breve.
Te vejo no tempo certo em algum lugar.