terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Antes de dormir

Posso te contar um segredo? Somente um segredo e você promete não contar para ninguém?
Posso revelar meus desejos? Somente os desejos que te fazem bem?
Depois da chuva vem o vento só, depois do calor, o frio.
Depois da lembrança, um cheiro teu.
Depois do cheiro, um vazio...
Então te encontro nos sonhos...
Então te encontro em algum lugar...
Então te encontro aqui dentro em algum compartimento entre diversos que existem dentro de mim.
É só, e fim?
Dentro de mim...
Perdida assim?
Dentro...
Vai, me diz o que eu quero ouvir, deixa refletir a luz do teu olhar que me procura assim e ilumina a noite escura por onde passar...
Vai, me diz o que eu quero ouvir, deixa o cheiro do seu perfume chegar até aqui trazido pelo vento que corta as montanas e sopra do mar...
Pode ser não, pode ser sim, pode ser começo e pode ser fim.
O meu tempo é todo seu.
Como dar respostas do que me trouxe até aqui se nem eu mesmo entendi?
Aliás, onde foi que me perdi em minha própria história?
Hei... Moça...Olha o mar e deixa navegar o barquinho de papel que brinca sobre as ondas.
Vejo então o entardecer no mar sentado aos pés do solitário farol, sinto então teus braços me abraçar, teu corpo me tocar e tua boca em minha orelha sussurrando: "Oi, ta viajando longe? Hum... que cheiro do bom, o seu cheiro, o do perfume e o cheiro do mar, combinam sabia?"
Virei, sorri, abracei para não deixar escapar...
Gosto quando você me "pega" assim - falou em tom suave, com uma leve expressão de sorriso.
Gosto da sua mão - falou em tom suave, acariciando uma de minhas mãos.
...o último fio de sol batendo em seu rosto, a sua mão na minha, seu perfume misturando ao meu, me leva para longe com histórias vivenciadas por nós, pelo céu, pelo velho farol, pelas rochas e pelo mar.
A composição perfeita do quadro pendurado na parede da minha memória.






Coisas que eu sei...

O bom mesmo é sentir o vento e saber que não se está só (mesmo estando só você ali).
O bom mesmo é cair e se levantar como se fosse proposital, sem deixar que o grande público perceba a dor que só você sentiu e quando menos se espera...tudo está bem.
O bom mesmo é sentir o doce perfume em um bom pescoço, em um bom corpo (e vejam que bom corpo é relativo), pele com pele, boca com boca... fazer com que a outra pessoa se sinta tua, só tua. E ainda se sinta a pessoa mais invejada da face da terra por saber que você só é dela.
O bom mesmo é caminhar no mato, molhar os pés em um riacho, fazer loucas aventuras e no final do dia pensar: Como tudo isso é grandioso, como valeu a pena.
O bom mesmo é ser grato e utilizar a gratidão para tudo. Ter a absoluta certeza que gratidão só atrai mais energias boas e a ingratidão... é melhor nem pensar, pois é típica de pessoas amargas, falsas e interesseiras.
O bom mesmo é olhar a lua, tomar um bom vinho com quem se gosta e durante horas conversar, muitas vezes até o dia clarear sem ver a hora passar.
O bom mesmo é saber que ninguém é melhor que ninguém e todos absolutamente todos, tem alguma coisa a oferecer.
O bom mesmo é ter consciência que todos precisam de todos, não existe o papo que para ser feliz com alguém o primeiro passo é não precisar dela... Por exemplo: uma pessoa que está com outra pessoa, se ela não precisa do amor da outra então ela precisa do sexo. Se ela não precisa do sexo da outra pessoa, então ela precisa da companhia, se ela não precisa da companhia da outra pessoa o que ela faz ali? Todos precisamos de todos e todos nos tornamos responsáveis por aquilo que conquistamos. As pessoas somente tem animais domésticos porque precisam da companhia daquele animal, e se você conquista aquele animal você se torna responsável por ele também.
O bom mesmo é saber pensar, raciocinar e não acreditar em tudo que lemos, vemos ou ouvimos. Muitas vezes acabamos traídos por nós mesmos e quando percebemos...
O bom mesmo é saber que ninguém é 100% errado ou 100% certo. "Até um relógio que está parado, está certo duas vezes por dia"
O bom mesmo é se apaixonar, pela vida, por pessoas, por situações, por você...
O bom mesmo é sentir que é muito mais intenso que viver.
O bom mesmo é sentir a água do mar batendo nos pés, assistir ao por do sol (o qual acredito que é a hora que todos os anjos se reúnem), caminhar pela areia até anoitecer.
O bom mesmo é estar na praia com o céu estrelado com a lua cheia de inveja das duas únicas pessoas que estão se beijando, ali em frente aquele mar, ali na areia.
O bom mesmo é ser bom, alegre, pé no chão, cabeça nas nuvens, feliz e louco.
É bom porque é bom, simples assim. Estar disposto a aprender sem precisar passar ninguém para trás, superar obstáculos, crescer, crer e ser, provar que pequenas coisas são muito menores do que o valor que realmente damos a elas, e que se você realmente está disposto: TUDO DÁ CERTO.
É só ter coragem de lutar.
Paz, Amor e Harmonia.



quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Um Conto de Fadas Contemporâneo (Ou não).


Os pingos da chuva escorrendo pela janela, a meia luz... ele já havia estado lá por alguma razão e por outras e tantas outras razões continuava a certo modo ali. Seu cheiro, seu toque, seu rosto, seus olhos brilhantes que não cansavam de olhar para ela, ela ali deitada se sentindo a pessoa mais amada do mundo naquele instante, tentando pensar qual artifício usaria para fugir da doce prisão de sentimentos.
A o coração, a arma mais perigosa que existe nas "mãos" dos seres humanos. Uma arma que vem sem manual e quando alguém acha que consegue controlar, se torna incontrolável e as coisas mais estranhas acontecem. Adormeceu ao som da chuva e entrou no mundo dos sonhos...
Andava por uma rua, uma rua iluminada por luzes amareladas onde o vento suavemente soprava. Não, não havia ninguém mais na rua a não ser ela. Outdoors de led estampavam propagandas, os faróis mudando suas cores para controlar o tráfego que não havia. Ela com seu vestido florido, com seus pés descalços sentindo o áspero asfalto, sentiu quando o primeiro pingo do céu caiu sobre sua cabeça, um pequeno pingo seguido por outros demais pingos. A princípio correu em direção a uma praça onde havia um antigo prédio, a intenção era se proteger da chuva, mas repentinamente parou. Uma luz (como a de um projetor), começou a projetar palavras no antigo prédio. E sendo assim, antes de chegar até ele, ela parou. A primeira frase projetada era: "Pare, Ouça-me! Eu vou ser franco com você." Assustada ela olhou ao redor e no meio daquela praça só havia ela, mais ninguém. A garoa continuava, assim como a frase do projetor. "Eu não ofereço prêmios fáceis". Ela olhou para trás para ver de onde vinha a luz e resolveu gritar - Tem alguém aí? Por favor responda, estou com medo... Tem alguém aí? -  Ao longe ela começou a ouvir uma bela música,  que de algum modo a tocava e lhe trazia além de paz, uma certa ansiedade. A projeção continuou: "O que ofereço são novos prêmios difíceis, são inquietudes com toques de paz, paz com toques de serenidade, serenidade com toques de lavanda, lavanda com toques do incansável aroma do amor. Marca a hora o relógio; mas, o que marca a eternidade?" A música foi crescendo, e ela lembrou de um tempo onde o sonho podia se tornar realidade e a realidade poderia se tornar sonho e instantaneamente mágicos momentos aconteciam. Ela lembrou dele, a quem sentia ali naquele momento. Lembrou de  um tempo onde apesar das discordâncias, das provocações, das diferenças, algo muito incomum acontecia... a vontade, a loucura de terem um ao outro.
E ela bailou no centro daquela imensa praça que se tornara seu palco, seu vazio e inundado palco. E ele por sua vez, do nada apareceu, caminhando pausadamente em sua direção. A segurou firmemente pela cintura, aproximou o corpo dela de seu corpo, sentiram suas respirações pulsantes, ofegantes. Os lábios quase tocaram e a mão esquerda dele percorreu suavemente pelo rosto dela, passando pelo ombro e escorregando pelo seu braço, até que tocar em sua mão. Juntos bailaram noite adentro.
E naquele momento, o mundo, aquele mundo, se tornara deles.





sábado, 16 de fevereiro de 2013

Perdidos em Algum Lugar

Eu hoje me perdi no vento, me perdi no tempo, me perdi em algum lugar. Estava tão feliz que não sabia se queria me encontrar.
Perdido entre mundos criados pela minha própria imaginação  podia ser quem eu queria, herói, mocinho, bandido, dragão,uma águia. Sim, uma águia que sobrevoava cordilheiras impulsionada pelo amigo vento plainando sobre o relento me tornando um bandido de coração.
Blue Nude - Pablo Picasso
Posso roubar seu coração? Você teria coragem de colocar ele em minhas mãos para que eu guardasse junto ao meu? Veja, que ao mesmo tempo ele se tornaria seu e não seria um simples coração.
Eu hoje me perdi no vento, me perdi no tempo, me perdi entre mundos. Estava tão feliz que já havia decidido que ali seria meu lugar. O sol suavemente aquecia meu corpo, causando aquela sensação de um frio em esboço, desenhado em um quadro pendurado em um lugar qualquer. Onde eu podia correr, me banhar de cores, sentar embaixo de árvores, falar de amores... O amor pela vida, pela arte, o amor de amores perdidos, mal dormidos, mal amados, distraídos...
O momento mais mágico desta eterna aventura, brincando de viver.
Quer se perder comigo no vento?
Quer se perder comigo no tempo?
Quer me encontrar?
Pode ser naquela pintura do quadro da sala de estar, pode ser onde você quiser estar... desde que esteja comigo aqui. Perdidos no vento, perdidos no tempo, perdidos em algum lugar...




sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

O Sr. Tempo

Oh tempo, quisera ser eu mais sábio para entender um pouco mais este a quem chamam de tempo.
O tempo de certa maneira nos permite aprender muitas coisas e uma delas é que nunca conseguiremos todas as respostas que procuramos.
O tempo mostra que muitas vezes ele é o melhor remédio e que muitas vezes por não prestarmos atenção nisso acabamos perdendo muitas coisas. Algumas ainda conseguimos recuperar, já outras...
A consciência inconsciente. A velha vontade persistente. Já perdi muitas coisas por não saber lidar com ele (o tempo), já travei batalhas homéricas, já tentei reverter os ponteiros do relógio para ver se ele voltava, mas não. As coisas não são bem assim.Foi quando andando em uma rua de calçadas de paralelepípedos, iluminada por luzes amarelas, com uma fina chuva que caia, acabei ficando seu grande amigo.
Oras meu amigo tempo que me conheces tão bem, me ensina tuas lições, me fazes enlouquecer nessa louca nave que chamamos de terra, muitas vezes pedindo: pare que eu quero descer e mesmo assim me fazes crer que o meu tempo certo chegará.
Você me ensinou a não repetir os mesmos erros, agora entendo as duras lições de tuas aulas. Quem dera todos pudessem ter um professor assim. 
Muitas vezes te pergunto: Senhor tempo, quanto tempo vai demorar? -  E do nada ouço sua resposta: Acalme seu coração, o que está por vir...virá. Tudo é uma questão minha... O tempo. Mostrarei o caminho, darei sinais, iluminarei seu coração.Vai de você saber a hora certa... ou não. 
Vai do que você quer acreditar, quer um conselho? Acredite em seu coração que por sinal bate em meu compasso. O compasso do tempo. Nunca se esqueça que você conseguirá mentir para todos, para quem quiser, menos para uma pessoa: você. Então não me deixe passar como apenas um vento vago, vão... Não tente brincar comigo (o tempo), não tente enganar seu coração. Eu, o tempo, posso passar e quando você menos perceber... pode ser tarde demais. 
Faça o que tem a fazer, percorra o caminho que tem que percorrer e por favor, não se perca em seu tempo, sou precioso assim como a água que corre, precioso como o sol que esquenta, sou quase tudo, então não me transforme em quase nada.
É sr. tempo que move montanhas e florece as plantações de flores abaixo de uma chuva fina de uma singela tarde de verão... Você tem razão. Tem coisas que vem e ficam, tem coisas que vem e vão. Tem coisas que vão embora, tem coisas que voltarão. Tudo é uma questão de tempo, você querendo ou não. Não perca nunca seu tempo e caso ele te indique que já é hora, não deixe de correr até a estação, pois existem coisas que podem partir para nunca mais voltar não. Amar a tempo, com tempo, compreender, compreensão, quem sabe essa não é a grande lição? 
Quer um conselho do tempo? 
Perceba os sinais, escute seu coração.


"O primeiro sintoma de que estamos matando nossos sonhos é a falta de tempo. As pessoas mais ocupadas têm tempo para tudo. As que nada fazem estão sempre cansadas.

O segundo sintoma da morte de nossos sonhos são nossas certezas. Porque não queremos olhar a vida como uma grande aventura a ser vivida, passamos a nos julgar sábios no pouco que pedimos da existência. E não percebemos a imensa Alegria que está no coração de quem está lutando.

O terceiro sintoma da morte de nossos sonhos é a Paz. A vida passa a ser uma tarde de domingo, sem nos pedir grandes coisas, e sem exigir mais do que queremos dar.

Quando renunciamos aos nossos sonhos e encontramos paz, temos um pequeno período de tranquilidade. Mas os sonhos mortos começam a apodrecer dentro de nós e a infestar todo o ambiente em que vivemos. O que queríamos evitar no combate - a decepção e a derrota - passa a ser o único legado de nossa covardia"

(Paulo Coelho)

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Fim de tarde de um verão qualquer...

...ela caminhava a beira  mar, sentindo o sol tocando seu corpo e a água que suavemente vinha acariciar seus pés. Caminhava sem direção, porém caminhava. O fato de ficar parada em algum lugar não a agradava e ela sabia muito bem onde queria chegar (ou não). Porém acreditava e pelo fato de acreditar já estava muito a frente de onde julgava estar, mesmo sem saber.
Sim, ela caminhava calmamente e sabia que aquela água corrente de certo modo a ligava com outros lugares, com outras vertentes. Sabia que aquele oceano de certo modo não se limitava somente a estar ali e por isso acreditava (mais que qualquer outra pessoa), que não precisava entender o que acontecia ali fora, precisava entender o que acontecia ali dentro em seu mais íntimo ser e por isso caminhava.
(Obrigado especial a minha querida amiga  Cibelle Fontes
que gentilmente me cedeu uma de suas pernas para este post.
Fico no aguardo da outra perna! rs)
Fim de tarde de verão e do nada, assim como se fosse uma mágica, uma suave brisa veio acariciar seu corpo e o vento do fim de tarde a abraçou como o abraço de alguém que ela esperava mesmo sem saber quem era (ou sabendo), fechou seus olhos e como se fosse o único ser naquele lugar, começou a bailar ao som das ondas que ainda continuavam a acariciar seus pés e do nada, assim como uma pluma, flutuava e flutuava. Ela conseguia escutar sua própria alma, conseguia escutar o som das gaivotas que lhe contavam o que sua alma estava dizendo, e principalmente escutava o som do seu coração. E naquele momento, naquele único momento, estava em seu mundo, bailando, ouvindo histórias, permitindo sentir novas emoções que eram refletidas a cada minuto, a cada segundo. Entendera então, que o amor era parte de tudo, dos ventos, das águas, das ondas, dos pássaros, de mundos, de perfeitas imperfeições...
Abriu seus olhos instantaneamente.
Não entendia muito bem o que havia acontecido, porém tinha uma certeza, talvez uma certeza como nunca tivera antes, descobrira que o tesouro que ela tanto procurava era justamente onde estava seu coração e; de qualquer forma, ela precisava encontrar este tesouro para que as peças do quebra cabeça se encaixassem e tudo fizesse sentido...
As ondas
A lágrima gelada
O pé na areia
O amor
O amar
O mar...




domingo, 10 de fevereiro de 2013

O Recomeço do Antigo que se torna Novo!

Então porque é realmente assim... as vezes temos que reiniciar algumas tarefas.
Escrevo e apago, escrevo e apago e escrevo...
Quase no fim do segundo livro da triologia (que não é mais uma triologia), recebo um e-mail da editora dizendo: "Olá Junior, precisamos de uma reunião urgente com você, quando podemos marcar uma reunião aqui em São Paulo?"... enfim, este era o teor da mensagem entre outras linhas.
Escrevi informando que minha ida seria na semana subsequente ao carnaval, caso tudo desse certo. Por incrível que pareça, na sexta ao final da tarde, recebo uma ligação da minha editora a qual em uma "pseuda" reunião via "Embratel", me disse: "Então Junior, o que você acha de ao invés do livro terminar como termina e ter mais dois livros na sequência, se você amarrasse a história em um livro só sendo este a parte II em um mesmo livro? A história do segundo livro termina como?"  Eu disse para ela que sinceramente não sabia qual seria o desfecho, já que havia parado quase no fim do 6º capítulo e estava meio perdido, havia pensado em alguns finais que não me convenciam e eu achava que ia ser meio decepcionante para o público. Ela indagou: " E onde é que esta história esta truncada?" Eu disse que na verdade não saberia responder naquele momento, porém eu terminaria e mandaria para ela ler. "Ok, Jr (disse ela), a partir da hora que está truncada em algum lugar, isto pode se tornar um risco  pois o autor pode estar perdido e isto causa uma linha tênue entre o interesse e desinteresse para o leitor. Posso te dar uma sugestão? Releia o primeiro e o segundo livro até onde você foi e veja quais pontos cruciais do segundo que não se encaixa com o primeiro, reescreva os pontos do segundo e você  encontrará uma saída para o desfecho. Quando acabar me mande para que eu possa te dar um feedback. Te aguardo em São Paulo para alinhar esta possibilidade da junção dos dois em um. Pode ser?" Sim é claro, vou fazer isso e conversamos semana que vem - respondi.
Desliguei o telefone e em seguida saí para jantar em uma pizzaria. Na volta ao invés de subir para o meu apartamento, resolvi dar uma caminhada aproveitando as ruas quase vazias (caminhar na noite me ajuda a pensar). Voltei para casa e reli o primeiro até altas horas da madrugada. Hoje durante boa parte do dia reli o segundo e agora apouco, após meus amigos que vieram me visitar e jantar comigo aqui, terminei de reler o segundo e... pasmem! Resolvi apagar o segundo por inteiro, contrariando as dicas de uma grande amiga que diz (Juninho, você pode até apagar, mas salve em algum lugar pois você pode precisar). Desculpe, mas apaguei pois a história do segundo livro, que agora se junta ao primeiro, pois não estava satisfatória para mim, utilizei o Shift + Del sem culpa. Na verdade, cheguei a conclusão que estava faltando aquele "ar" poético contemporâneo que gosto de dar aos meus textos, não sei se realmente a história termina do modo que eu imaginei e se segue pelos caminhos que eu estava tomando... Enfim, eu estava ali fora na sacada olhando a deserta cidade e me deu uma vontade muito grande de compartilhar este pensamento com alguém, neste caso: vocês queridos leitores do meu blog.
Pensei, pensei e pensei muito chegando ao questionamento: "Qual é a vergonha de reiniciar algo do zero?"  A verdade é que reiniciar algo de uma maneira diferente não é vergonha para ninguém. Vergonha é se acomodar e pensar: assim ta bom. Acabei de deletar 97 páginas sem remorso nenhum. Loucura? Eu chamaria de ousadia (de certa forma é algo meu). E quem sabe eu não encontre realmente o final perfeito que eu estou precisando para esta história? E quem sabe, enxergando por um outro ângulo ela não saia melhor do que escrevi até agora para completar o primeiro livro? A única certeza que tenho é que a triologia vai por água abaixo e transformarei tudo em um único livro, ou ainda seja... quem já teve a oportunidade de ler o original não leu o livro inteiro!rs
Isto é o que eu chamo de sinais, a ligação dela (editora), pedindo justamente isso ou ainda seja, para eu rever o final de um trabalho que tanto prezo e de certo modo tem sido uma grande realização em minha vida (já que este também está virando um... deixa pra lá para não estragar totalmente a surpresa), acredito que não foi por acaso, pois acredito piamente que "nada na vida acontece por acaso", e sendo assim, se temos que reiniciar... vamos reiniciar e ver o que vai acontecer com a segunda parte e o verdadeiro final do livro "O Silêncio que Antecede a Intercessão".
Um bom vinho, um pouco de ar puro,  uma boa música para inspirar e... vamos recomeçar o novo! Afinal (conforme diz o grande mestre Chico Xavier), "Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim." E vamos que vamos pois afinal, a dona inspiração tem me visitado bastante nestes últimos dias!

                                                                                 

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Consegue?

Caminhando pelas ruas enxerguei você em paisagens cruas e senti teu cheiro trazido pelo vento chegando até mim.
Caminhando pelas ruas entre pessoas que desconheço, senti o teu apreço que de alguma forma ousaria não mais sentir. 
Pare, olhe, tente me sentir... eu estou aí, agora com você, perdido em algum lugar aí dentro tentando me encontrar. 
Sinto a falta que você sente. Minto,  mente descaradamente criando artifícios para simplesmente acreditar tendo a plena certeza de onde este barco vai nos levar. Plena certeza de onde este barco vai nos levar? Como controlar seu destino neste imenso mar? 
Deixe-se  levar pelo som da chuva que cai lá fora em algum lugar neste final de tarde, neste final de noite destes tempos de verão.
Senti teu olhar perfurando minha pele, senti teu corpo pedindo o meu. 
Teu? 
Talvez.
Foi então que descobri que é justamente a possibilidade de tornar sonhos em realidade que torna a vida interessante. 
Quanto ao amor? Bom, este é arriscado, mas sempre foi assim. Há milhares de anos as pessoas se encontram, se perdem, se acham, se buscam,  se reencontram. Perdida entre mundos, entre sonhos, entre sinais que nos circundam. Querendo insistir no "insistível", irresistivelmente imprevisível.
 Quanto ao amor? Quem disse que é preciso entender o amor? Afinal quando se ama, não é preciso entender o que acontece lá fora, porque tudo passa a acontecer dentro de nós e não precisamos expor este sentimento para qualquer um, a não ser para quaisquer "uns" que escolhermos.
E sendo assim grito ao vento, ouça minha voz neste momento:
Ei, consegue me sentir?
Ei, vontade de gritar?
Ei, vontade de te abraçar, sentir teu cheiro e ficar... Ficar aí, perdido com você, abraçado em meio essa imensidão onde o tempo é capaz de parar, onde as nuvens bailam, onde o sol nunca para de brilhar. 
Ah, os sonhos e suas armadilhas perturbadoras, e mesmo assim eu insisto sempre em sonhar. Afinal só uma coisa torna um sonho impossível: o medo de fracassar e como este medo eu não tenho... a resposta é sim! Eu insisto em sonhar e viajar por entre mundos, me dê sua mão, venha comigo sentir o ar puro lá de fora, das árvores, das flores, dos amores perdidos... 
Continuo sentindo teu cheiro no ar, continuo vendo você brincar entre as nuvens em meus sonhos, continuo a sonhar...



"Muitas pessoas se fascinam pelos detalhes e esquecem o que procuram. É preciso correr riscos, seguir certos caminhos (incompreensíveis para a maioria das pessoas), e abandonar outros. 
Não seja um devastador (a) dos seus sonhos deixando que eles morram. 
Um dos principais sintomas da morte dos nossos sonhos é a Paz. A vida passa a ser uma tarde de domingo, sem nos pedir grandes coisas, e sem exigir mais do que queremos dar. 
Outro sintoma que indica que estamos matando nossos sonhos são nossas certezas. Porque não queremos olhar a vida como uma grande aventura a ser vivida, passamos a nos julgar sábios no pouco que pedimos da existência. E não percebemos a imensa Alegria que está no coração de quem está lutando."


Uma História da Vida Real.

Então me diga sem pestanejar, o que é ter um verdadeiro amor para você?
O tempo passa rápido e vamos nos equivocando com as proezas e ilusões que a vida nos prega. Não acredito em verdadeiros amores sem obstáculos, sem imperfeições. O amor não é perfeito e ponto.
A partir da hora que você se propõe a amar e tudo é cem por cento mil maravilhas (ou você quer acreditar que seja assim), não é amor.
Eu, pelo menos nunca consegui enxergar desta forma.
Você tem (ou teve pais), certo? Com certeza ja deve ter discutido com eles tentando colocar em pauta seu ponto de vista, certo?
Eles sempre concordaram 100% com você?
Não, é claro que não.
E por isso em alguma hora seu amor por eles diminuiu?
Muito bem caro leitor, partindo para um outro lado...
Conheço alguns casais que tem opiniões disparas.  Sendo assim eles nunca serão felizes juntos?
Alguns deles possuem filhos de um segundo (alguns de um terceiro), casamento. Ótimo. Este casal, nunca conseguirá ser feliz?
Hoje após um dia de edições e algumas reuniões (na verdade uma), saí para tomar um uísque com um velho amigo (após ele ter me mandado algumas, várias mensagens). Este amigo (que nunca foi casado), me disse que estava apaixonado por uma mulher que já tinha 2 filhos de um primeiro casamento e 1 do segundo casamento, ele pensava em ir morar junto com ela pois seu coração pedia isso, no entanto ele havia ouvido alguns conselhos de que não seria uma boa idéia e me perguntou: O que você acha?
Com minha máxima sinceridade fiz algumas perguntas dizendo: me responda somente após eu acabar de desenvolver minhas perguntas...
1) O que VOCÊ acha sobre isso?
2) Você precisaria ter m filho primeiro para ir morar com ela?
3) Ela realmente é o verdadeiro amor da sua vida?
4) Conhece pessoas que já fizeram isso por amor?
5) O que os filhos dela sentem por você? Você já os conquistou?
6) O que te realmente impede de ser feliz? Você? A família? A Sociedade?
7) Quantas pessoas morrem acreditando no que as outras pessoas querem que elas acreditam?
8) Você já lutou, esbravejou, fez alguma coisa por um verdadeiro amor?
9) Viver entre uma saudável ilusão ou uma verdadeira realidade? (lembrando que uma verdadeira realidade nunca é feliz 100% das vezes, isto não existe porém aprende-se a tirar as coisas boas que vem em troca mútua)
10) Como você pensa em passar o resto de sua vida, levando em consideração que a vida passa muito rápido?
Parei de falar e ele ficou calado, olhando para baixo durante um bom tempo. Ergueu sua cabeça, seus olhos lacrimejavam e disse: "É, muitas vezes coloquei um peso maior as coisas do que realmente estas coisas merecem e muitas vezes tirei um peso magnífico pensando por opiniões alheias a minha vontade. Vou morar com ela" Levantou-se da mesa, veio e me deu um forte abraço.
O mais engraçado é que aquele abraço parecia,  na verdade, que era tudo o que eu precisava naquele instante, tão verdadeiro e com uma energia imensa.
Vai pensar em erros? Quem nunca errou que atire a primeira pedra!
Vai pensar em acertos? Não acertamos assim como não erramos 100% das vezes. Todos temos acretos assim como todos temos erros.
Vai pensar em dogmas? Quem os escreveu, e quem disse que isso era o certo ou o errado? Vai pensar no que os astros dizem? Quem conhece mais sua vida, você ou eles?
Viver é não esperar a tempestade passar... É aprender como dançar na chuva.
E em meio isso tudo vou aprendendo, analisando, revendo e acreditando a cada dia mais  no que realmente quero para mim e assim sigo meu caminho por este louco mundo.




sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Se já for fevereiro... basta apenas bater...

Tudo seria mais fácil apesar de...
Tudo seria mais fácil se não fosse...
Rezar para que as horas voltem, rodando os ponteiros do relógio ao contrário até que...
Você possa olhar nos olhos, nos seus olhos, você com você e mais ninguém e afirmar que está no caminho certo mesmo se...
E se nunca tivéssemos nos conhecido?
E se tudo realmente estiver errado e você estiver vivendo em um sonho?
Se este momento real não existir?
E se realmente, ainda, não, nos conhecemos?
Se estas palavras que você lê agora forem frutos de sua fértil mente, especialista em criar as mais variadas histórias, os mais diversos tipos de fantasmas e barreiras para...
Se este sonho for rápido, prático, certeiro e derrepentemente você abre os olhos e já é fevereiro e passa a perceber que realmente o tempo não para?
Onde foi parar janeiro?
Então faça o seguinte, me dê a sua mão e vem correr comigo, vem correr entre mundos, vem correr perigos, porque a vida passa rápido demais.
Venha escrever comigo histórias, venha passear no jardim das memórias e nadar no riacho das emoções.  Comer frutas doces do pé de discernimento, atravessar noite a dentro e ver que a vida é mais que um simples estado...
Se você for capaz de...
Se eu estiver a...
Se você não...
E...
Sim, eu posso te esperar na próxima curva até a noite da quarta lua, sentado logo ali embaixo daquele arbusto ao lado do rio.
E...
Sim, eu posso te cantar canções, te esperar com flores, te falar noite a dentro sonetos de amores, brincar de pintar flores com minha paleta de cores, te esquentar nas frias noites se você prometer pra mim que...
E então te mostrarei que este céu azul nada mais é do que a cor do espaço refletindo a alma da terra e que  a mesma porta que separa, une.
Basta, apenas, bater...