domingo, 30 de março de 2014

O Encontro.

(...) dando sequência ao conto de fadas contemporâneo
A magia existe... E por simplesmente acreditar no sonho, na magia, podiam ser tudo o que queria.
O vento leste soprava e a chuva que caia molhava seu corpo que caminhava em direção a montanha             " Gealach", para esperar aquela que mais cedo ou mais tarde haveria de vir o encontrar e lá se sentariam perto da fogueira e seriam aquecidos além do fogo, pela energia que os completava.
A última despedida (por mais que pensassem que era a última), seria um até breve, já que descobriram que o tempo...Oras, era somente o tempo.
A noite que continuava escura já não mais o assustavam.
A certo modo sabiam que o reencontro estava próximo. Tinham a mesma crença e olhavam na mesma direção, mesmo distantes.
Uma rajada de vento dissipou as nuvens que estavam no céu, a chuva cessou, uma paz imensa os inundou, apertaram o passo, precisavam se ver. Pararam repentinamente, olharam para o céu, duas estrelas próximas a lua brilharam intensamente. Neste exato momento os dois, ao mesmo tempo, mesmo sem saber, olharam para os corpos celestes e por alguns minutos sentiram a energia que os unia. Sabiam que um viajava no coração do outro e queriam se ver.
Ele olhou para o lado, colheu flores do campo.
Ela fechou os olhos, respirou fundo, sentiu seu coração acelerar, sentiu a presença dele afagando suavemente seu rosto, seus cabelos.
Ele fechou os olhos, respirou fundo, sentiu seu coração acelerar, sentiu a textura de sua suave pele e o cheiro do seu corpo.
Tudo era magia e por acreditarem em magia, ela realmente existia.
Sabiam que nada tinha início e nada tinha fim e por acreditar nisso (a um certo modo), juntos, já não ficavam mais angustiados. Estavam decididos a lutarem um pelo outro, sem tentar provar nada para ninguém, guardando a calma silenciosa de quem tem a coragem de escolher seu destino.
Estavam em perfeita sintonia com o mundo a sua volta, sentiram o mesmo vento que os tocou simultaneamente, apesar de não saberem que somente alguns passos os separavam um do outro.
Tudo estava certo.
Se (re)encontrariam e juntos escutariam o vento, viajariam por mundos, conversariam com as estrelas, ao final do dia saudariam a noite e ao final da noite o amanhecer.


sábado, 29 de março de 2014

EU NÃO MEREÇO SER ESTUPRADA.

Muitas vezes tento comensurar até que ponto chega a imbecilidade humana e isto me assusta.
Sempre comento que queria muito saber onde escondem o livro de regras da sociedade perfeita ou onde estão estas bases idiotas que alguns ainda insistem em acreditar. A regressão humana em pleno século XXI me assusta. E quando penso que as coisas estão melhorando... tudo parasse desandar.
Agora querem numerar as regras para que mulheres sejam estupradas assim como no oriente médio numeram regras para que mulheres sejam apedrejadas como forma de punição, quando o verdadeiro problema passa batido. A boa e velha máxima de tentar tampar o sol com a peneira.
Para mim motivo de estupro NÃO EXISTE.
Como poderia dizer e aceitar que podem haver situações para que alguém seja estuprado?
NÃO, MIL VEZES NÃO!
Tenho uma filha de 14 anos a qual fará 15 este ano. Minha filha mora longe de mim e sempre que nos encontramos pessoalmente temos longas horas de conversa sobre tudo. Estava pensando... da próxima vez que eu a e encontrar deveria dizer para ela: - Filha se você andar com tal roupa você será uma vagabunda. Ou ainda... - Filha se você tiver o livre direito de escolher o que prefere você será uma vagabunda e merecerá tal pena imposta pela sociedade.
NÃO, MIL VEZES NÃO PARTE 3875!
O que sempre digo para ela que é  o que verdadeiramente acredito é que ela deve respeitar a todos, suas escolhas e opções acima de qualquer coisa.
Existem pessoas boas e ruins e até isso você pode escolher o que quer ser, lembrando que toda a causa tem seu efeito.
Dizer que existe um motivo para que uma pessoa estupre a outra fora o motivo da anormalidade, da imbecilidade... desculpe para mim não existe. E além de tudo me deparo com idiotas dizendo que se mulheres se vestem de tal modo, que são homossexuais, que são prostitutas, que são qualquer coisa que tem que ser estupradas sim...
ONDE ESTAMOS CHEGANDO HUMANIDADE?
SERIA ESSA A ERA DA REGRESSÃO HUMANA?
Pasmem! Um dos motivos para mulheres serem estupradas são roupas curtas ou decotes....
PAREM O MUNDO QUE EU QUERO DESCER!
Vai me dizer que existe uma regra para que alguém seja estuprado agora?
Isto estaria dentro do manual para ser aceito em uma sociedade como uma pessoa normal?
Realmente não posso e não consigo acreditar.
Não posso acreditar em pessoas que pensam assim, só me resta ter pena...
Isto para mim sim é ser realmente pobre!
Desejo que todos usem as roupas que queiram e se não quiserem usar roupas...que assim também seja.
Desejo que TODOS possam ser o que quiserem desde que não façam mal à absolutamente ninguém.
Desejo que a verdadeira essência humana não se perca no mundo de imbecilidades e que as pessoas se tornem seres menos idiotas respeitando escolhas.
Desejo que todos abram os olhos para a verdadeira essência e tenham certeza que nada justifica a violência gratuita seja lá que tipo de violência for.
Desejo que parem de tentar alimentar este manual imbecil para ser aceito em uma sociedade normal, uma sociedade perfeita dizendo até que você tem que respeitar as regras para uma guerra (segundo a convenção de Genebra).
Desejo que não esqueçam a  verdadeira identidade, que lutem pelos seus sonhos e que não trabalhem apenas para produzir e reproduzir.
Desejo que as pessoas parem para pensar que de nada adianta somente lutar para ser bem sucedido financeiramente, pois antes de tudo a verdadeira luta tem que ser pela busca da  felicidade.
Desejo que parem de rotular pessoas como se fossem marcas e passem somente a rotular pessoas de duas formas: as boas e as más.
Desejo que parem de ridicularizar quem busca a felicidade ao invés do dinheiro, chamando-os de pessoas sem ambição.
Desejo que as pessoas parem de criticar todo mundo que tenta ser diferente respeitando a diversidade humana! Imagine se o mundo todo fosse somente amarelo ou vermelho. Se somente houvesse um tipo de música... Então para que isso? Deixe cada SER, ser o que quiser ser.
Desejo que pessoas invistam mais na beleza interior do que na exterior.
Desejo que os pais, que a mídia, que as pessoas e familiares, parem de querer dizer que tudo que "os filhos" fazem de errado é culpa das companhias que escolheu.
Desejo que parem de achar que sua religião é única dona da verdade absoluta e que todos os outros seres humanos neste imenso e minúsculo planeta que acreditam em qualquer outra manifestação de Deus estão condenados ao fogo do inferno.
Desejo que todos tenham liberdade de expressão.
Desejo enfim, que o ser humano acorde. Acorde para uma nova realidade, que olhe para frente e não para trás, que parem de tentar arrumar motivos para justificar tudo! Que os culpados sejam punidos e que os inocentes sejam libertos destas "bestas" humanas.
Afinal, você vai me dizer que existe motivos  para que seres humanos sejam ainda: estuprados, apedrejados, caluniados, espancados...?
Caso diga que sim, imagine se você não pudesse usar roupa branca, pois se você usasse seria apedrejado até a morte. Você tem algum tipo de roupa branca?
SOMOS TODOS SERES HUMANOS!
E NINGUÉM MERECE SER ESTUPRADO!
Meu único pedido... mais amor e discernimento no mundo, por favor.
É pedir muito?

sábado, 1 de março de 2014

Se já for março... (promessas para um novo mês)

Se as águas de março realmente vierem fechar este verão, que me lave, que me leve, que me permita viajar pelo sul, centro-oeste, sertão, que me permita viajar por muitos lugares, que me permita sentir o coração.
Que as almas sejam desaprisionadas e desaprisionado seja o  nosso coração, que da melodia mais triste nasça uma bela canção.
Para respirar melhor, novo ar.
Para banho saudável, novo mar.
Para novos olhares, novas cores.
Para falta de pessoas, novos amores.
Para a criança que brinca no parque, dias de sol intercalados com cheiro de chuva.
Para os pássaros que voam, céu, sol, água, ar.
Sim, tudo isso para quando março chegar trazendo novas resoluções, novas soluções, novas sensações, sopros de tudo de bom que há de se esperar.
(...) Deixa eu contar: Quando eu me encontrei este ano pela primeira vez no mês de março, vi em minha frente um espelho que refletia uma imagem a qual sou hoje. Pela manhã, após acordar, com cabelos espevitados, uma cara amaçada no espelho do banheiro, tirei minha roupa, acendi uma vela, liguei o chuveiro somente na água fria e fiquei... durante o tempo que eu queria. Me perdi nas horas e na doce canção que eu ouvia ao fundo, me levando para outros mundos que nem eu mesmo sei quais são. Mas me permiti. Saí passei um café, comi uma torrada com geléia de amora (adoro geléia de amora, para mim é a melhor), e fui para a janela da sala ver a algazarra dos pássaros que estavam na árvore que fica a direita a brincar. Permiti que eu vivesse aquele momento único, não atendi o telefone que tocou algumas vezes sem parar. Aquele momento era meu, exclusivamente meu.
 Eu sempre me permito viver novas histórias e criar, recriar velhas condições para ser feliz. Se não há motivos... Eu faço. Eu crio. Sozinho louco, sorrio pelo simples fato de sorrir e achar que tudo na vida é bonito sim! Lidando com as intempéries de uma forma meio insana... Sim, por mais que ainda seja chamado de louco, maluco, sonhador, continuo falando com as estrelas, ouvindo o vento, dançando no tempo e tendo absoluta certeza que a intuição é o alfabeto que Deus usa para mostrar que... tem solução. Fiz minhas doces e sinceras promessas então. Dizem que promessas só se faz em ano novo...Quem inventou uma regra dessas? Existem regras para isso? Sinto muito, comigo não funciona, prometerei mesmo assim.
Se já for março, prometo que não desperdiçarei mais as oportunidades que me aparecem em troca de uma ilusão qualquer.
Se já for março, prometo que vou correr somente atrás do que acredito e se não acreditar... vai ser como uma noite de um verão qualquer.
Se já for março, estarei no portão 7 da estação com um ramalhete de flores do campo para esperar quem eu quero encontrar, quem quer me encontrar. E ao som das rodas de ferro tocando o metal da linha ao chegar na estação, em meio a fumaça da máquina que puxa os vagões, vou reconhecer seu sorriso e em um abraço quente e preciso, nesse momento o tempo vai parar. Acredito que o valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis. Quero momentos eternos de formas intensas.
Se já for março, prometo que nunca mais perderei muito por pouco e não morrerei de desgosto por simplesmente não tentar. Afinal, a vida só pode ser compreendida, olhando-se para trás; mas só pode ser vivida, olhando-se para frente.
Se já for março simplesmente serei feliz querendo somente quem me quer, correndo riscos, desenhando no asfalto com giz, rindo de coisas bobas, tendo conversas profundas, ouvindo a música que me faz bem, a música de outros, a música minha, a música sua, a música do silêncio que reverbera a minha arte e o meu grito que trás tudo o que eu quero ter aqui.
Se já for março vou querer ter mais momentos a luz de velas, a luz da lua, a tua luz.
Minhas promessas assim se esvaem ao vento que passa neste momento ao lado da minha janela por onde entra a luz do sol, esta mesma que toca agora em mim que me faz pensar que compreendemos mau o mundo pelo simples fato de depois dizer que ele nos decepciona.
Sim, neste começo de março resolvi apagar a linha que separa a genialidade da loucura indo adiante na direção dos meus sonhos, buscando a vida que eu imagino e quero para mim.
Sendo assim, se já for março te digo: entregue-se ao sentimento inesperado assim como eu me entrego neste momento.
Vamos! Tente! Entregue-se, como eu já me entreguei.  Experimente, você consegue! Afinal a cada novo dia, a cada momento, temos a nossa disposição a maravilhosa possibilidade do encontro que traz em si infinitas oportunidades nos dizendo que é preciso acreditar mais em um novo dia, em uma nova hora, em um novo momento, em um novo mês.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

O Triskele (Parte de fragmentos da noite passada)

Jurava que tentava entender o que se passava, mas o que realmente se passava?
Tentava se encontrar no meio do emaranhado de confusões, confissões, mas o que se confessava?
As verdadeiras intensões expostas de confusas formas se misturavam em um ponto em comum assim como um triskele girando em movimentos contínuos descontinuadamente provocando um zilhão de pensamentos que insistiam em o atacar. Por outro lado sabia que não queria mais se perder naquela história por mais que repetidas vezes dizia:  "muitas vezes a única situação plausível é perder o controle", porém não queria mais uma vez perder (o controle), já que por poucas vezes o obteve.
Seria uma despedida?
Seria apenas o começo de um fim, o fim do começo ou apenas o começo de um começo relutante?
Ideias que contracenavam em um palco conhecido que ao mesmo tempo se tornara desconhecido, o palco da incerteza... Afinal, segundo já dizia Kant: "Avalia-se a inteligência de um indivíduo pela quantidade de incertezas que ele é capaz de suportar". Não sabia se sua inteligencia mais uma vez quisera ser avaliada.
Enquanto isso ao seu lado direito, sobre rubro lençol, ela viajava em sonhos e ele se pegava na condição do "eu distraído" .
Pisava em incertezas, lembrava que passara muito tempo procurando seu trevo de quatro folhas entre a mata densa que caminhava, era uma das poucas vezes que podia ser realmente "ele" para alguém, no entanto tropeçava em cada mandamento criado como forma de vida e procurava de todas as formas fechar suas portas, fazendo-se sua própria estiagem.
Na madrugada que resolvera dormir no chão, descobriu que era as nuances de um sol versado sabido.
Aos primeiros raios da manhã, ela perguntou: "Por que dormiu no chão?" Ele apenas sorriu e desconversou como se mudasse o rumo da direção do mapa que seguiam. Procurava respostas, mas as respostas o escapavam. Naquele momento "ele" era ele. Uma "criança" anunciando mudanças para si mesmo.
E ela mergulhando "neles" por puro instinto.
Aquele momento se tornara um compendio de palavras não ditas, de imensidão manuscrita. O momento parecia estar ali mas...não estava (pelo menos para ele que não entendia mais nada). Tentando arrumar a pressa, enxergando somente pela fresta não conseguia ver a cena de um modo completo e isso era o que mais o assustava. A  única certeza que tinha no meio de toda história era que talvez poderia ter chegada a hora de novamente arrumar as malas e viajar, porém não tinha real noção se a história terminava assim, havia perdido seu caderno de anotações na última viagem. E sendo assim, enquanto distraído, a vida o tirava para dançar. Como em um grande baile de máscaras...
Não entendia mais nada, também não sabia se queria entender.
Ao fim do corredor som de piano, passos descompassados, silêncio.
E o triskele? Continuava a girar misturando terra, água, fogo, ar, dando a certeza que neste mundo somente o amor merece absolutamente tudo pois o resto...realmente não tem a menor lógica.
O dia amanheceu. O que é real? O que é ilusão?
A verdade estava se perdendo e ele se perdendo dentro daquela história.
E o triskele?
Continuava a girar...




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quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Aprendendo a voar!

Sei que em alguma parte deste texto você poderá pensar: Isto parece texto de auto-ajuda!
Pode ser, apesar ter certeza que não. Afinal não gosto destas catalogações.
Antes de escrever para alguém sempre escrevo para mim e o que escrevo para mim pode servir para você (ou não), e eu respeito isso. Escrevo como se falasse comigo me olhando no espelho do meu outro eu. O mesmo eu que se encontra em minha frente e que após algum tempo (pequeno tempo), volta a ser parte de mim.
Hoje estou em um estado meditativo, contemplativo do meu eu comigo mesmo. Hoje "me peguei" pensando em várias questões que envolvem o meu ser mediante ao impulso de ações pulsantes (se é que me entende).
Durante minhas viagens por esta terra, tive várias experiências. Umas boas, outras não tão boas, outras péssimas, porém todas me fizeram (e fazem), refletir muito...
Muitas vezes a felicidade está ali, a um passo da gente.
Muitas vezes a felicidade além de estar a um passo da gente, está coberta por uma névoa.
Muitas vezes a felicidade está ali, a um passo da gente, coberta pela névoa e quando os raios de sol começam a dissipar a névoa com sua luz... nós resolvemos dormir.
Sim queridas e queridos leitores, o que falo é algo simples, sem complicações que muitas vezes insistimos em complicar. Falo de sinais, falo de surpresas do universo.
Loucura? Bobagem? Tolice? Ilusório?
Tudo bem.
Continuando...
Muitas vezes achei que tudo estava perdido, estava sem luz, sem cor nem vida (e realmente estava), até que novamente conseguia enxergar os primeiros raios de sol.
Muitas vezes achei que a arte havia se perdido, que não existia mais amor no mundo, que tudo não passava de uma doce ilusão, que a leveza e a doçura haviam morrido até que novamente os sinais do universo me mostravam que não.
Loucura? Bobagem? Tolice? Ilusório?
Tudo bem.
Continuando...(Parte II)
A mágica da vida acontece todos os dias enquanto se respira.
Mais uma pergunta pertinente ao momento que me vem a cabeça: Quantas vezes você já pensou que o verdeiro amor não existe, isto nunca vai acontecer, não existe a pessoa certa para mim, nunca vou conseguir reunir pessoas da minha família que não vejo a algum tempo, este papo de encontrar pessoas especiais do nada é balela?
Medo de se entregar ou enxergar os sinais?
Medo de se machucar ou achar que isto acontece com todos menos com você?
Medo de ser feliz?
Medo?
O medo é um mal necessário e é fato que ele existe. Porém existem sempre duas saídas, ou você domina o medo, ou ele te domina.
Vejam os pássaros, antes de voar  caem muitas e inúmeras vezes, se machucam e acreditam que só existe aquele mundo ao seu redor. Até que do nada (exatamente assim), um resolve dar um impulso e...sai voando! Descobre que aquela árvore era apenas o começo, que os tombos só faziam parte da aprendizagem. Já começava estruturar seu plano (conforme sua aprendizagem), do que deveria fazer e o que não deveria e sabia que tinha muito mais a aprender, no entanto enxergava muito mais além! E diferente de outra parte dos pássaros que já voavam porém só ficavam ali, quis ir além. Foi assim que ele conheceu o vale da lua com suas imensas corredeiras! Foi assim que ele percebeu que a mata era um imenso tapete verde com várias surpresas embaixo dela! Foi assim que ele sentiu o acariciar das nuvens, foi assim que ele se entregou ao imenso prazer de dançar ao vento e voar!!!
Todos nós somos pássaros, e como pássaros caímos várias vezes do ninho. E como pássaros encontramos outros pássaros que ficarão sempre enxergando somente aquele mundo fechado entre as árvores pois somente terão coragem de ir de galho em galho, sem arriscar vôos, e aquilo estará bom. E como pássaros encontraremos outros pássaros que dirão que o mundo é aquele e a felicidade não existe. E como pássaros estaremos fadados a muitas vezes acreditar que somente existe aquele bando, aquela espécie...
Cada um escolhe como vai ser o modo de ser feliz.
E por isso, baseado no que acredito (que pode não ser certo para você), que é totalmente eficaz para mim, eu digo:
Voe!
Voe além das montanhas, além dos vales, além dos rios e sinta!
Sinta o vento, sinta as nuvens, enxergue além do limite que foi demarcado a você!
Não acredite em um simples: "é somente isso". Sempre pode ser mais!
Arrisque-se mais!
Entregue-se mais!
Venha!
Eu sei  que não é simples, porém sei que também não é complicado.
Basta querer!
Foque mais nos acertos do que nos erros! Mania essa nossa de sempre querer focar mais nos erros.
Quem sabe agora não é verdadeiramente o seu momento de ser feliz?
Permita-se sentir, permita-se sonhar, não mate seus sonhos por nada.
Feche os olhos.
Consegue sentir?
O vento, o ar, a brisa dos rios que estão lá embaixo, consegue sentir "borboletas" em seu estômago somente de pensar no último momento mágico inesperado que aconteceu, que está acontecendo, que acontecerá?
Para que complicar algo tão simples e bom?
É a mágica da vida, aceite e veja como o mundo dos sonhos podem se transformar em realidade.
PERMITA-SE!
As cortinas da vida estão abertas para você e o espetáculo se reinicia!
Afinal volto a insistir: Não somos poeira, somos magia!

sábado, 4 de janeiro de 2014

Palavras Desconexas de um Futuro Bom. (Decreto 001/2014)

Pode ser o agora, assim como pode não ser mais.
Hoje acordei com toques refinados de nostalgia. Sabe aquela que aperta o coração e do nada faz você pensar que o tudo pode ser um nada perdido no oceano? Exatamente esta.
Pela janela do meu quarto sinto o vento entrar como um sopro de vida (como se estivesse vindo me acariciar), e minha mente viaja a anos luz daqui, do agora, deste instante. Me perco da minha mente, me  envolvo em um ato de solidez desejada. Em fração de segundos me perco em meio palavras que ainda insisto em escrever, em acreditar, em sonhar.
Ao mesmo tempo que tenho sonhos concretizados, tenho desejos dissipados que se perdem entre os raios de sol da tenra manhã que chega trazendo o cheiro de café coado com sabor de saudade.
Sendo assim, em uma ato de bravura (comigo para comigo mesmo), instituo em decreto para o meu mundo, o que quero para a minha vida.
Quero momentos mágicos
Quero momentos simples
Quero momentos doces
Quero café coado
Quero manhãs na montanha
Quero cheiro de flores e frutas silvestres
Quero o seu perfume (o perfume do frasco), misturado com o perfume do seu corpo
Quero poesia
Quero coração
Quero canção
Quero arte em forma de vida
Quero vida em forma de arte
Quero poder ser mais para mim mesmo
Quero noites frente ao mar com o céu coberto de estrelas
Quero o silêncio quebrado pelo som do vento
Quero viajar pelas estradas, pelo céu, pelo mar, por minha imaginação
Quero a sorte de um amor alegre, simpático e tranquilo
Quero dias de sol
Quero dias de chuva
Quero por do sol
Quero nascer do sol
Quero verão, primavera, inverno, outono
Quero continuar falando com as estrelas
Quero aventuras
Quero lareira
Quero dançar danças de salão em uma grande sala, no meio da rua, em volta da fogueira, em cima da montanha ou na areia do mar
Quero sofisticação
Quero simplicidade
Quero encontros memoráveis com a família
Quero encontros doces com amigos
Quero encontros doces, poéticos e ardentes com a pessoa amada
Quero viajar entre mundos com uma doce fada a flanar por uma floresta encantada
Quero som de risadas
Quero gemidos contidos
Quero um coração quente, pulsante, rítmico para criar a melodia da vida
Quero um outro coração para acompanhar o meu em suas aventuras, em minhas aventuras, em nossas aventuras
Quero o improvável, o imperfeito
Quero caminhar sob a chuva
Quero estrada de terra, estrada de ferro, estrada que leve a algum lugar que nem eu mesmo sei onde vai dar
Quero ser chão
Quero ser céu
Quero ser ar
Quero ser rio
Quero ser mar
Quero causar sensações, destas que não se pode imaginar
Quero um suco na manhã, um frisante para o fim de tarde, um vinho para o começo da noite e saliva para a madrugada
Quero o tenro brilho no olhar
Quero colher flores nas primeiras horas da manhã
Quero que quem eu quero esteja a me esperar
Quero que quem esteja a me esperar caminhe até mim
Quero junto com quem me espera poder caminhar
Quero estar aqui e ao mesmo tempo em todo lugar
Quero o que eu quero, pois o que eu quero é simples e entre esta lista cabem no mínimo mais um "zilhão" de pedidos fáceis de se resolver, complicados de se alcançar. Afinal somos seres simplesmente complicados sustentados pela insustentável leveza do ser.
O fim se encontra com o começo na encruzilhada de algum lugar.
E se pudesse?
Em quem poderia acreditar?
A intuição continua sussurrando a verdade: Não somos poeria, somos magia!
Sinto a chegada de um futuro bom que se transforma no agora...
Este corpo é o meu barco que veleja por esta vida. E essa vida? É minha viagem!
Bem vindos ao meu mundo... eu não sou daqui.