sábado, 29 de dezembro de 2012

FODA-SE (quem não tem pecado que atire a primeira pedra)


Ai esse quase... Quase isso... Quase aquilo... Quase, quase...
As pessoas ainda insistem em utilizar tanto esta palavra na (quase), ilusão de estarem certas todos os momentos.
Agora a pouco em conversa por telefone com um amigo que está em outra cidade, fui enfático ao dizer: Chega, não tenho mais saco e muito menos tempo em minha vida para "quases".
Quase estou certo... Ou estou certo ou não estou certo (ponto).
Há algum tempo parei de viver essa parte do mundo da ilusão do quase.
E me desculpem os puros de coração (hahahahaha puros de coração - não podia deixar de citar vocês), que utilizam constantemente seus "quases".
Primeiro -  não acredito em puros de coração a não ser que seja um recém nascido (isto ja escrevi em outro texto).
Segundo -  tive algumas experiências nesta vida com famosos "puros de coração" que me ensinaram e fizeram ver muitas coisas (inclusive que os puros de coração são muito perigosos pois na maioria das vezes machucam simplesmente por machucar sem macula nenhuma).
Terceiro - não sou puro de coração e as pessoas que gosto nenhuma é, GRAÇAS A DEUS e quanto orgulho tenho disto!
Quarto -  a maior parte das pessoas "puras de coração", ou que buscam esta pureza (que nunca vão chegar a esta falsa pureza e isto é fato), utilizam em seu vocabulário 90% das vezes a palavra "quase", e julgam ser pessoas que erram muito menos que os outros que geralmente são culpados (na maioria das vezes), se eximindo de qualquer "culpa ".
Sim, parece um discurso inflamado e assim é! Sem máscaras e sem meias palavras.
Não. Não estou raivoso, mal, triste e muito menos  revoltado, talvez externando as últimas coisas guardadas de 2012 para que comece 2013 da forma que quero começar e continue caminhando da forma a qual venho caminhando.
Este texto serve como lenha para a  minha fogueira da vaidade, buscando ser melhor e verdadeiro sem máscara alguma (pelo menos neste instante).
Isto não quer dizer que eu não vá continuar errando, bem longe de mim, sei que errarei sim porém não os mesmos erros, sou humano imperfeito e ainda inacabado (e sei que será assim até o final da vida), porém continuarei sempre buscando ser melhor como ser humano, como artista e como profissional acreditando cada vez mais que não existe "quase bom", "quase ruim", "quase amor", "quase tesão", "quase quase", ou é ou não é.
Me sinto uma pessoa mais centrada, mais pé no chão (mesmo ainda conversando com as estrelas deitado em nuvens que me levam longe), mais humano, mais artista, mais eu. Continuo acreditando nas pessoas e na sua capacidade de regeneração (e não quase regeneração, afinal uma pessoa não pode ser quase alcoólatra, quase homem, quase mulher, quase humano e muito menos quase se regenerar).
Somos seres que estamos nessa caminhada para aprender e só assim terá sido válida a viagem por este mundo, caso contrário, acredito que terá sido a mesma coisa que ir a uma praia paradisíaca e ter apenas observado os belos prédios, sair de lá sem ao menos notar o mar azul com suas areias brancas...
Que tal sermos mais autênticos? Termos mais personalidade? Ter certeza que erramos porém podemos reparar erros? Ter certeza que nossas verdades não são únicas? Saber que somos responsáveis, pelo que fazemos e assumir nossa essência por inteiro? Que tal sentir mais? Sermos mais humildes? Cortar os "quases" e reconhecer os erros? Que tal aprender a perdoar para ser perdoado? E se for se entregar, que seja verdadeiramente por inteiro e não pela metade.
Olha, tenho sido muito mais feliz e muito mais respeitado assim. Deixando transparecer uma essência verdadeira sem querer fazer pose de anjo ou demônio, apenas sendo eu.
Que 2013 possa abrir mais nossos olhos e que possamos cada vez mais enxergar por várias perspectivas as inúmeras faces desta vida e assim possamos viver cada vez melhor.
E para terminar este último texto de 2012, deixo para vocês um texto da escritora Sarah Westphal, que para mim é  um mantra (de uns tempos para cá em minha vida), o qual quero que continue sendo até minha ida deste mundo, para que se por ventura eu cair em alguma armadilha, eu possa lembrar que realmente eu odeio o "QUASE", o "MORNO", assim como odeio a falsidade e a falta de cuidado com o próximo.
Aproveito também e deixo um trecho do evangelho de São João que é sempre muito peculiar em questão de condenações e é muito bom nunca esquecer!
Grande beijo queridos leitores, muito obrigado pelas mais de 1200 visualizações mensais (segundo as estatísticas do próprio blogger), o que me deixa radiante de felicidade, obrigado aos comentários das amigas, amigos, parentes que vem conversar comigo a respeito dos textos e usam citações minhas em suas páginas, sei que não estou sozinho e que minha forma de escrever agrada a mais pessoas do que eu possa  imaginar, obrigado por tudo mais uma vez.
Nos encontramos em 2013!!!
E...
"Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu."
(Sarah Westphal)



“Dirigiu-se Jesus para o monte das Oliveiras...
Ao romper da manhã, voltou ao templo e todo o povo veio a ele. Assentou-se e começou a ensinar.
Os escribas e os fariseus trouxeram-lhe uma mulher que fora apanhada em adultério.
Puseram-na no meio da multidão e disseram a Jesus: Mestre, agora mesmo esta mulher foi apanhada em adultério.
Moisés mandou-nos na lei que apedrejássemos tais mulheres. Que dizes tu a isso?
Perguntavam-lhe isso, a fim de pô-lo à prova e poderem acusá-lo.
Jesus, porém, se inclinou para a frente e escrevia com o dedo na terra.
Como eles insistissem, ergueu-se e disse-lhes: Quem de vós estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra.
Inclinando-se novamente, escrevia na terra.
A essas palavras, sentindo-se acusados pela sua própria consciência, eles se foram retirando um por um, até o último, a começar pelos mais idosos, de sorte que Jesus ficou sozinho, com a mulher diante dele.
Então, ele se ergueu e vendo ali apenas a mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão os que te acusavam? Ninguém te condenou?
Respondeu ela: Ninguém, Senhor. Disse-lhe então Jesus: Nem eu te condeno. Vai e não tornes a pecar.”
Evangelho de João, Capítulo 8, versículos de 1 a 11.





FIM DA TEMPORADA 2012
                                 







Jr. Pereira
em 29/12/2012 
(sábado) - 01:36h

domingo, 23 de dezembro de 2012

Nova Era (minha oração para nós)


Mãe-Pai, Força Suprema do Universo, Respiração da Vida, Fonte do som, Ação sem palavras, Criador do Cosmos !
Faça sua Luz brilhar dentro de nós, entre nós e fora de nós para que possamos torná-la útil.
Ajude-nos a seguir nosso caminho Respirando apenas o sentimento que emana de Você.
Ajude-nos a reconhecer e reparar nossos erros e que com eles possamos aprender cada vez mais, tendo a certeza que somos seres imperfeitos, que podemos nos tornar melhores seres humanos, evoluindo nesta terra a qual estamos de passagem.
Nosso eu, no mesmo passo, possa estar com o Seu, para que caminhemos como Reis e Rainhas com todas as outras criaturas pelas florestas deste grande mundo, por esta trajetória desta grande vida.
Que o Seu e o nosso desejo sejam um só, em toda a Luz, assim como em todas as formas, em toda existência individual, assim como em todas as comunidades (sejam elas quais forem).
Que o nosso discernimento cada vez mais evolua e que possamos cada vez mais ser flexíveis com os nossos próximos respeitando o verdadeiro templo da Deusa e do Deus que está dentro de nós, sendo assim, faça-nos sentir a alma da Terra dentro de nós, pois assim, sentiremos a Sabedoria que existe em tudo e aprenderemos a ouvir cada vez mais nosso próprio coração.
Não permita que a superficialidade e a aparência das coisas do mundo nos iluda, E nos liberte de tudo aquilo que impede nosso crescimento.
Que a humildade seja nosso lema, a coragem seja nosso escudo e a bondade seja nossa espada.
Ajude-nos  cada vez mais conhecer e dar real importância a nossa intuição, aos sinais desta vida pois assim teremos a certeza de estar compreendendo o alfabeto do universo e sendo assim nada terá sido em vão.
Que possamos cada vez mais nos doar, compreender e amar. E que sempre consigamos reconhecer que nossas verdades não são únicas. 
Sendo assim peço que a humilhação, a vingança e o ódio se dissipem no ar. Que o respeito, a paz e a compreensão sejam nossas eternas flâmulas. 
Que cada vez que errarmos tenhamos a coragem de reconhecer e pedir perdão, não nos deixando a costumar com nossos próprios erros, para que  estes com o tempo não nos façam acostumar nossos defeitos como sendo virtudes.
Enfim te peço para que não nos deixe sermos tomados pelo esquecimento de que Você é o Poder e a Glória do mundo, a Canção que se renova de tempos em tempos e que a tudo embeleza e que o seu amor sempre possa ser o solo onde crescem nossas ações.
Que assim sempre Seja!

------------------------------------------------------------------------------------------------------------
(* nota importante para que eu não esqueça durante a caminhada)

"É preciso correr riscos, seguir certos caminhos e abandonar outros.
Nenhuma pessoa é capaz de escolher sem medo e muitas vezes perdemos simplesmente por ilusões, pela falta de coragem ou pelo simples fato de acharmos que sempre estamos certos e todo o resto do mundo errado.
Só entendemos a vida e o Universo quando não procuramos explicações. Sendo assim, jamais deixe que as dúvidas paralisem suas ações. Tome sempre todas as decisões que precisar tomar, mesmo sem ter a segurança de estar decidindo corretamente.
Quando renunciamos a alguns sonhos e encontramos a paz, temos um pequeno período de tranquilidade.
Mas os sonhos mortos começam a apodrecer dentro de nós e a infestar todo o ambiente em que vivemos. O que queríamos evitar no combate - a decepção e a derrota - passa ser o único legado de nossa covardia. Precisamos aprender a não ficar insistindo em ver o cisco no olho e sim aprender que o cisco no olho é pequeno perto de toda a beleza das montanhas e dos vales floridos."

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

A Encruzilhada III - Parte Final (quem sabe o começo ou recomeço de tudo)

E eis que me levanto.
E eis que olho para todos os lados (e de uma certa forma me espanto).
Mais uma vez abro minha mochila de viagem, procuro minha agenda de anotações e descubro que ela não está onde deveria estar. Por um breve momento me assusto, por um breve momento tenho certeza que minha vida passa ser governada pelo destino, por um breve momento tenho certeza que perdi o controle da minha vida, por um breve momento olho para o céu e deixo então que a chuva caia sobre minha face (como se procurasse um alívio imediato), e instantaneamente, assim como em um passe de mágica, descubro a maior mentira do mundo: acreditar que eu perdi o controle de tudo e o destino se encarregou em cuidar da minha vida.
Dou dois passos para frente, a chuva ameniza e se transforma em uma leve garoa com pequenas gotículas bailando ao sabor do vento. Alguns raios de sol conseguem perfurar as densas nuvens e tocam a terra, as plantas, meu corpo encharcado de uma maneira tênue.
Olho para o chão e vejo flores desabrochando no canteiro a direita de um dos caminhos, onde tudo é muito colorido e o sol ilumina (assim como no caminho que leva Dorothy a Oz). Logo no outro caminho tudo parece ser mais escuro, sem vida, com algumas rochas com limo e algumas plantas encrustadas. Coloquei minha mochila nas costas e comecei a caminhar em direção ao caminho iluminado cheio de flores. Dei mais ou menos uns dez passos e parei (quase antes de propriamente entrar nesta estrada de flores). Olhei mais uma vez para a outra estrada e o que parecia muito escuro, já não estava mais tão escuro e algo que me chamou atenção, foi uma bela rosa azul (a qual não havia percebido), que estava entre alguns pedregulhos. Voltei a olhar para a outra estrada e o caminho continuava florido radiante pela luz do sol.
Porém, partindo do pressuposto que nós temos uma forte tendência de ver coisas que não existem e ficar cegos para as grandes lições que estão diante de nossos olhos, quem poderia me garantir que o caminho florido seria o melhor caminho?
Relembro a história de dois amigos meus, João e Maria que se deram muito mal (uma certa vez), ao se encantarem por uma suculenta casa feita de doces!
Agachei no mesmo lugar onde estava, peguei um graveto que estava no chão e comecei a desenhar (algo habitual meu quando preciso pensar mais "profundamente"). Caminho florido ou caminho onde só havia uma rosa azul?
O que realmente eu desejava?
O que realmente eu queria?
O que realmente me importava?
Eu? Eu tinha certeza do que eu desejava, o que eu queria, sendo assim sabia que estava correndo riscos, afinal quando  desejamos algo, sempre é necessário ter a consciência que se está correndo riscos. Porém isto (os riscos), era o que menos me importava naquele momento, pois de certo modo, é o que tornava minha vida no mínimo mais interessante.
E o que era grande começou a diminuir, o que era pequeno (por minha culpa), se tornara enorme. Momentaneamente deixei que um acontecimento sem importância transformasse toda e qualquer beleza em um momento de angústia, dando mais atenção ao ínfimo ponto no papel e esquecendo toda a bela paisagem ao redor (é o que eu chamo hoje em dia de tempo perdido), levantei sorrateiramente minha cabeça e perguntei: O por quê de tantas perguntas meu rapaz? Por quê alimentar monstros que não existem? Mas que depressa levantei. Dor criada instantaneamente por mim e por mim  instantaneamente criado o antídoto.
Coragem de saber para onde vai.
Coragem de decidir o próprio destino.
Coragem para se tornar autor da própria história.
Escolhi o caminho que a princípio parecia mais escuro (o da rosa azul), o menos florido. Para alguns seria (e é), o mais sem sentido, o mais feio. No entanto, aprendi a ver beleza em tudo. Aprendi que o medo de sofrer (SIM!), é pior do que o sofrimento. E nenhum coração jamais se enganou quando verdadeiramente teve coragem de lutar e buscar o que realmente almeja.
Quantas coisas já havia perdido pelo simples medo de perder...
Comecei a caminhar pelo caminho escolhido. Descobri que na verdade era um pouco mais escuro pois havia mais árvores que com suas altas copas criavam sombra amenizando o calor do caminho e ao mesmo tempo transformava o ar em um ar mais puro, mais leve. Ao lado esquerdo do caminho estava a rosa azul que eu havia visto, na borda do desfiladeiro. Caminhei até ela e para a minha surpresa, quando olhei para baixo, vi um vale repleto de rosas azuis, flores do campo, muitas borboletas voando entre elas e um belo riacho que corria com água cristalina.
Sim, poderia ter escolhido o caminho que parecia ser mais florido, porém não escolhi pelo simples fato de lembrar que nossa mente pode ser traiçoeira, pode empurrar para coisas que não queremos e para sentimentos que não nos ajudam, por isto deixei meu coração falar mais alto sem me importar com o que iriam falar. Era eu me ouvindo. Era o caminho que EU tinha escolhido.
E por falar nisso, como é o outro caminho o qual não escolhi? Não sei, não me interessa pois estou feliz com este. Porém não há uma regra e qualquer um que não esteja feliz com o seu caminho pode voltar atrás e pegar a outra opção da encruzilhada. Porém, conselho de amigo... Não se acostume com isso pois você pode correr o risco de nunca conseguir completar nenhum, nem outro! Mas caso necessite... não se acanhe. Uma boa pitada de humildade, coragem e amadurecimento, são fundamentais.
Sendo assim, não deixe que suas dúvidas sejam traiçoeiras paralisando suas ações pelo simples medo de realmente tentar.
Começo minha caminhada por esta nova estrada, sabendo onde quero chegar mesmo sem saber quais surpresas irei encontrar nesta caminhada até a próxima encruzilhada. Desde já instituo no meu mundo a lei que assumo meus atos, minhas escolhas, tendo coragem suficiente para dar passos errados, comemorar obstáculos ultrapassados e principalmente tendo calma para olhar tudo por diversos ângulos, afinal isto que alimenta o amor! Olhar as mesmas coisas por ângulos diferentes transformando tudo em novo de novo!
E eu vou amando meu caminho (que sei que não é o único caminho porém foi o que escolhi para mim), pois sem amor nada nesta caminhada, nada nesta vida faz sentido.

" Quando todos os dias ficam iguais, é porque deixamos de perceber as coisas boas que aparecem em nossas vidas. Sendo assim escute seu coração. Ele conhece todas as coisas, porque veio da Alma do Mundo e um dia retornará para ela."



A Encruzilhada Parte II

Acordo do nada com uma frase em minha mente "Navegar é preciso, viver não é preciso".
Olho para o céu adornado por belas estrelas e tenho ao mesmo tempo todos os sentidos em mim e decido ter esta frase transformada para que sintetize com o que eu sou: Viver não é preciso, é preciso sentir!
Respiro profundamente e sinto o ar gélido que entra pelas minhas narinas que aos poucos vai se tornando morno e consequentemente quente, na temperatura do meu corpo.
Penso: As pessoas gélidas  sendo aspiradas por mim poderiam se tornar quentes?
Por poucos instantes resolvo pegar um dos caminhos onde acredito que encontrarei pessoas gélidas no intuído de experimentar minha vaga teoria. Em poucos segundos decido que não, talvez seja hora de lugares e pessoas mais serenas que realmente sabem o que querem, como querem, quando querem, sem medo de arriscar.
Mesmo assim fico parado e ao invés de me levantar e começar a caminhar pelo novo caminho que eu escolhera para trilhar, continuo sentado. Olhando para a lua que insiste em me iluminar.
Vagalumes com suas luzes começam a flanar próximo de onde estou e por alguns instantes, acredito que são estrelas que vieram me fazer companhia no fim da noite.
É quando nuvens começam a se entrelaçarem e fechar o céu.Sinto um pingo, dois, três e em uma fração de segundos a chuva cai sobre meu rosto e molha meu corpo. E eu, sentado ali em frente a encruzilhada a receber o banho dos deuses, agora sem pensar em mais nada, simplesmente deixando que meu coração me guie para a estrada que há um coração.
Não preciso de moletas, não preciso de crendices (a não ser as minhas), não preciso de falsos risos, não preciso de nada que me leve a lugar nenhum, preciso sim de você  que agora chamo de eu.
Preciso sim de um eu para chamar de você.
A chuva aumenta... alguém consegue me escutar?
(continua)

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

A Encruzilhada Parte I

E o que era normal ficou grande, o que era pequeno ficou imenso e o que era amargo ficou doce.
O que era ardido ficou ameno, onde fazia calor... sereno e o vento do nada parou de soprar.
Mais uma vez em uma encruzilhada. Resolvi sentar naquela pedra que estava ao canto do final daquele caminho e por algum tempo fiquei refletindo um pouquinho, peguei um graveto e comecei a desenhar no chão.
Sem pressa, com muita calma, sem dor, analisava qual dos dois caminhos daquela encruzilhada havia um coração, havia amor...
A noite chegara. Fiz uma fogueira. Agora era eu, a noite, a lua e as estrelas. Subitamente, peguei minha mochila e lá de dentro tirei um mapa. Na verdade não sei mais para onde ir, só sei onde quero chegar.
E do nada, como em um passe de mágica, as linhas do mapa começaram a dançar sobre o papel.
Peguei no sono e com o mapa em minhas mãos fui encaminhado para o mundo dos sonhos.
E isto para aquele momento me bastava...
Pausa para reflexão.
(continua...)

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

No Jardim de Afrodite

E lá estava ele com a cabeça cercada por um céu, com um turbilhão cheio de estrelas.
E lá estava ele com aquela que era desejada por muitos.
Cruzando a terceira esquina do terceiro sinaleiro na quarta rua, carro estacionado na esquina e enquanto os passantes passavam, mal imaginavam o que se passava ali.
Sentado na quinta nuvem que passeava pelo céu que estava repleto de estrelas, eles (deitados), olhavam, cada um em seu canto porém, na mesma direção.
O recado inusitado, a falta de concentração, as palavras unidas por sorrisos, corpos que (simultaneamente), se movimentavam em direções contrárias seguindo as setas da direção do prazer.
Ele contra a noite, contra o dia, rezando para que as horas não passassem mais rapidamente que o comum.
Ela contra a noite, contra o dia, rezando para que as horas passassem para novamente rever a boca (a qual chamava de linda), para que o alinhamento dos astros pudessem trazer mais momentos como aqueles que se tornara incomum.
Afrodite, a deusa desejada por todos (com seus olhos esverdeados, corpo escultural), esteve com ele. Invejado por muitos (diga-se de passagem).
E ele ouviu de sua boca "você é incrível" e por alguns segundos acreditou, foi quando pegou seu braço com força, a despiu com os olhos indo até o mais íntimo de seu âmago e descobriu todos os segredos guardados pela deusa da beleza, da leveza...
Seus corpos se tocaram e os segredos mais guardados foram revelados naquele instante em que Zeus e Afrodite se encontraram naquele maravilhoso e imenso jardim.
E ele novamente a espera e agora sim acredita que não é tão mau o quanto pensava ser.
E ela novamente o espera.
E o jardim, novamente os espera para jorrar sua fonte com o mais e enigmático profundo prazer, no segundo bangalô da primeira entrada da terceira esquina, onde os pássaros cantam inundando o ambiente da mais bela trilha sonora .

domingo, 9 de dezembro de 2012

Hoje é o meu dia de gente!

10 DE DEZEMBRO:

- Dia do Palhaço
- Dia Internacional dos Direitos Humanos
- Na Roma Antiga era celebrado o Festival de Lux Mundi (Luz do Mundo), em honra a deusa Liberdade

- Nascimento de Emily Dickinson (poeta estadunidense)
- Nascimento de Clarice Lispector (escritora brasileira)
- Nascimento de Cássia Eller (cantora, instrumentista e compositora brasileira)
- Nascimento de Alvaro Socci (autor, cantor, compositor, escritor, editor e produtor musical brasileiro)

Sorte? Talvez, eu não escolhi nascer neste dia porém tive muita sorte com o dia em que eu nasci.
Era 10 de dezembro, uma terça feira chuvosa (por isso amo a chuva,  acho), 22:30h (por isso amo a noite, acho II), eu era trazido a este mundo pelas mãos do obstetra Osvaldo Tiese.
Segundo relatos da minha mãe Georgina (filha de pai português, mãe italiana, mineira paulista), até as 6:00h do dia seguinte no berçário eu era o único homem, rodeado por belas meninas (convidei várias delas para tomar uma mamadeira comigo), daí que justifica o fato de eu gostar tanto das mulheres (uma boa desculpa).
Meu Pai Gevanildo (filho de pai Pernanbucano, mãe Paraibana, avós maternos holandesa com africano, avós partenos índios, pernanbucopaulistano), estava trabalhando em uma outra cidade e chegou ao hospital após eu ja estar neste mundo. No entanto conta-se a história que minha tia ligou para ele dizendo que eu havia nascido e ele perguntou se era homem mesmo e ela respondeu que sim e ele replicou: "Se você estiver mentindo para mi quando eu chegar aí se não for, bato em você!". Sim papai, eu tenho pipi e saquinho, sou homem. rs
Desde então estou aqui. Neste mundo. Com meu senso de humor influenciado pelo dia do palhaço (acho III). Com minha fome de justiça e igualdade para com todos influenciado pelo dia internacional dos direitos humanos(acho IV). Com meu amor pela literatura influenciado (entre tantos), principalmente por Clarice Lispector (acho V). Pelo meu amor pelas artes e pelo meu amor por Londres influenciado pelo aniversário de Londrina (tá, essa última foi péssima).
Enfim, com todas essas misturas, o que eu venho ser?
Gente!
Essa é a resposta mais plausível!
Uma mistura inevitável de raças, um ser praticamente cosmopolita.
Um ser interessantemente desinteressado e ao mesmo tempo interessado até demais.
E hoje, dia 10 de dezembro desde algum tempo então,  ficou instituído como "o meu dia de gente".
Segue então:

Meu Hino Nacional dos países Juniorescos no dia de hoje.

"Fiz um contrato com a noite
O céu sorriu estrelado
Ruas vazias de gente
Testemunhando desejos
Antecipando teus gestos
Leves, complexos, simples

Em pleno vôo noturno
Zona de pura alegria
A solidão sozinha
Corria atrás de mim
Experimentando assim
Assim

Hoje...
Hoje é meu dia de gente
Hoje é proibido dormir..."




quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Conto da Vida Real

(E eu, agora, assistindo a tudo de camarote. Apenas relatando mais uma história para mim e para quem quiser... Uma velha história onde o passado se torna presente e o presente, pode se tornar em  futuro que se transforma em tudo novo de novo - material para o terceiro livro da triologia que escrevo).
Ah! Essas nossas vidas...
Ah! Esse universo fanfarrão...
E se preparou como se estivesse indo para uma batalha diária. Tudo estava resolvido dentro de si e tinha esta certeza.
É quando por algum fator descobre que não.
É quando por algum fator descobre que as surpresas poderiam se fantasiar e de uma hora para outra fazer seu coração disparar assim como um corcel que galopa pelos grandes campos abertos sem um destino certo.
No último dia, na última hora descobriu que não estava preparado totalmente para o que havia decidido e descobre que sua guerra interior era uma batalha abarrotada de surpresas.
Quis fugir daquele lugar, mas não conseguiu.
Quis fugir daquele olhar, mas não conseguiu.
Quis tentar entender, mas sua briga com o coração se tornara maior do que podia compreender.
Tentou ser racional, mas a racionalidade estava do outro lado da montanha, muito longe dali, ele não conseguia.
Ah! Essas nossas vidas...
Ah! Esse universo fanfarrão...
E ela se preparou com a certeza de quem tem tudo definido e decidido dentro de si (e tinha esta certeza).
É quando por algum fator sente sua espinha gelar ao encontro do "inimigo".
É quando por algum fator descobre que por mais que estivesse preparada para surpreender, havia sido surpreendida.
Tudo já estava decidido em sua mente (ou não). Haveria uma predestinação para que aquilo acontecesse? Sim, o teste não havia sido a toa, por mais que se tratasse de um sinal (in) decifrável do universo.
Ah! Essas nossas vidas...
Ah! Esse universo fanfarrão...
Ele tinha sido surpreendido porém não daria o "braço a torcer".
Ela tinha sido surpreendida porém não daria o "braço a torcer".
Ele viu mas não deixou transparecer quando ela saiu e voltou com os olhos pintados para a guerra.
Ela tentava analisar o outro lado sem que ele percebesse, mas ele percebia.
De certo modo sabiam que tudo aquilo ainda fazia sentido e de certa forma tudo aquilo se tornara novo e não era mais uma questão de passado e sim de futuro.
Tentavam decifrar os sinais e tinham certeza que atrás da máscara de gelo que cada um usava, existia um coração de fogo, tudo se tornando uma abertura para o novo, com novas cabeças, novos entendimentos, novas vontades... E de certa forma se consideravam prontos para arriscar mais que os outros. não se deixando mais se assustarem pela busca do que precisavam...
O verdadeiro amor.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Em Resposta a Perguntas

- Em uma das minhas últimas viagens, tomando um café no final da tarde com um amigo, ele perguntou: "Jr. Pereira, tenho uma pergunta para você. Sempre que leio seu blog fico me questionando e aproveitando o ensejo pergunto: Para quem você escreve? Para uma pessoa específica, para várias pessoas específicas ou para você?"
Juro que na hora me fez pensar muito e minha resposta foi: "Não sei te dizer agora meu velho, mas juro que assim que tiver uma resposta te darei."
"Razão ou emoção?" - perguntou ele
Sem titubear respondi: "Emoção sempre, com uma pitadinha de razão!"

- Em uma outra ocasião conversando com uma amiga via bate-papo do facebook, ela disse que estava lendo meu livro, estava adorando e perguntou:: "Como escreve-se um romance sendo solteiro??? E seu romance é bom, não é depressivo, é lindo, inspirativo. Como isso???"
Respondi de uma maneira um tanto quanto grotesca, que na verdade nem era a resposta certa, mas me fez pensar muito...

Muito bem senhoras e senhores que acompanham este blog (e a vocês dois meus queridos que fizeram as perguntas as quais não dei as respostas certas na mesma hora, por não as ter).
Estes dias, o qual se aproxima o meu aniversário (assim como sempre quando meu aniversário está chegando),  ando um tanto quanto reflexivo.
Hoje após uma sessão de gravação que durou 4 horas consecutivas, saí do estúdio que fica no Juvevê e voltei andando até meu apartamento que fica no Água Verde (hoje fui e voltei andando, sempre que preciso pensar, para mim a melhor alternativa é andar), para você que não mora em Curitiba, da mais ou menos a distância de uns 10 Km (um pouco mais ou um pouco menos).
Muito bem, coincidentemente, hoje de manhã quando abro a página do meu facebook tinha uma mensagem da minha mãe que começava assim: "A palavra coragem é muito interessante. Ela vem da raiz latina cor, que significa "coração". Portanto, ser corajoso significa viver com o coração. " E isto de uma certa forma ficou martelando em minha mente durante todo o dia de hoje, ela é uma pessoa que me conhece muito bem e tinha tudo haver a mensagem que ela havia deixado para mim. Comecei inconscientemente a pensar nas duas perguntas que tinham sido feitas para mim até que  meus pensamentos acabaram aflorando de uma forma consciente e apenas firmei algo que eu já sabia, mas de certa forma talvez quisesse esconder de mim por alguns motivos ...
Sou sim, um ser apaixonado.
Apaixonado por tudo que reluz aos meus olhos, pulsa, aquieta, arquiteta e irriquieta minha mente e meu coração.
Apaixonado pelo indecifrável, pelo que me seduz.
Apaixonado pelo novo, pelo diferente, pelo não óbvio, pelo explicável e pelo o que não há explicação.
Apaixonado pelo que surpreende, pelo que causa mistério, o frio na barriga, pelo que é, pelo que já foi e pelo que será.
Apaixonado por pessoas interessantes...
Apaixonado.
Respondendo a primeira pergunta, escrevo para uma, para duas, para três e infinitas pessoas (incluindo eu). Alguns textos são para amigas e amigos (incluindo familiares), para mim mesmo ou para pessoas muito específicas  meu caro amigo (que geralmente não fazem a menor idéia que são para elas, ou se fazem... fingem que não sabem), para algumas que ainda não conheço (de forma mais concreta) e para algumas que ainda vou conhecer (que geralmente são aquelas que idealizamos para ter um relacionamento legal).
Respondendo a segunda pergunta: A medida da paixão é uma medida indecifrável sendo assim, este ser sonhador que escreve neste momento com a cabeça na lua e os pés no chão, apaixonado sempre, acredita que não é difícil escrever um romance mesmo estando solteiro (como você disse em sua mensagem). Geralmente deixo as idéias virem e simplesmente por um modo ou outro de se estar apaixonado (neste caso, por enquanto mesmo sem uma namorada), deixo que minha mente viaje para muito longe sem medo se ela (minha mente), vai voltar ou não (na verdade ela sempre volta, acho que treinei ela para isso. rs). Sendo assim quando estou sozinho (sem estar em um relacionamento sério), penso com quem gostaria de estar naquele momento e criando situações (algumas reais...bem reais), acabo deixando a paixão fluir pela ponta dos dedos. Estes mesmos dedos que digitam agora este post .
Agora, obviamente (em qualquer um dos casos), sempre acaba havendo uma musa inspiradora... rs
E é isso, assumo este meu lado apaixonado por tudo, ou ainda, assumo que SINTO a vida com esta minha alma de artista sem medo nenhum.
Sei que existem várias histórias que chegam das mais diversas formas aos meus ouvidos, sobre mim (assim como acontece com a maior parte das pessoas, histórias que elas ouvem sobre elas). E a única coisa que posso dizer é: aprendi a lidar com isso também.Existiu uma época que comentários me tiravam o sono, hoje não mais, pois conheço e acredito minha essência, acredito que muitas histórias que chegam (as quais não são verdades ou algumas com verdades bem alteradas), são criadas e "recheadas" por algum motivo (que sempre acabam prejudicando alguém de alguma maneira, e geralmente esse alguém somos nós mesmos). Para se saber a verdade e tirar as conclusões é sempre bom se analisar e ouvir os dois, três, quatro lados da história.
É justamente por isso que um julgamento em tribunal o juiz e os jurados ouvem e analisam os dois lados da história, para que não haja injustiças (e mesmo assim em muitos casos já aconteceram grandes injustiças nas histórias dos tribunais).
Não me preocupo mais com histórias (pois de certa forma sempre estou disposto a responder qualquer pergunta que me façam e isto me leva a escrever também), e cada vez mais me sinto um ser apaixonado, pasmem... até por isso!
O fato é inevitável: Sem paixão, sem amor... eu não sou nada.
E é isto que me faz sentir, é isto que me faz escrever, compor, sonhar e acreditar que tudo sempre pode ser melhor!

domingo, 2 de dezembro de 2012

(...)

Muitas vezes estamos tão centrados naquilo que julgamos  que é certo que esquecemos de todo um contexto, deixando tudo para trás.
Muitas vezes fazemos pedidos ao universo, o universo nos atende, porém por não ser exatamente do modo que queremos deixamos oportunidades únicas passar. Daí sempre temos duas saídas: ou deixamos tudo como está ou reconhecemos que tudo não é exatamente do modo que desejamos, mas sim, podemos correr atrás, reconhecer que somos mortais, erramos e sendo assim, tentar recuperar o tempo perdido.
Algumas pessoas dizem que tempo perdido não se recupera. Balela pra boi dormir. Geralmente este papo parte de pessoas que se conformam e optam pelo comodismo. Pessoas que acredito que sempre terão um grau de insatisfação inevitável para o resto de suas vidas neste mundo.
Geralmente, um bom cozinheiro não acerta seu prato principal de primeira. Ele tenta, erra, ouve as pessoas dizendo que nunca vai dar certo, tenta novamente, algumas pessoas dizem que nunca comerão este "prato", porém bravamente ele tenta e consegue chegar ao ponto exato. É quando outras pessoas provam e dizem que nunca comeram nada igual, mesmo sem saber ao certo quantas frustrações ele teve até conseguir o "ponto" exato. E sendo assim, as outras pessoas que criticaram voltam a provar e dizem: "É, você tinha razão. É o melhor prato que já experimentei".
Acredito que muitas vezes somos mesquinhos e desdenhamos o que pedimos pelo simples fato de achar que tudo deveria ser a nossa maneira e não é.
Muitos destes pedidos que recebemos de certo modo temos que nos adaptar também, assim como alguém que compra um novo carro. A regulagem do banco que vem de fábrica muitas vezes não é nossa regulagem, neste caso, regulamos o banco para que fique confortável a nós. Só por isso o carro passa a ser pior? Porque não veio com a regulagem certa? Consegue me entender? Consigo me entender? Adapte e não deixe que a infelicidade seja maior do que a felicidade. Sempre há tempo.
Hoje a tarde, nesta tarde chuvosa de domingo, tive um momento um tanto quanto poético na companhia dos meus pais. Enquanto chovia muito forte,  sentados na sala, com a tv desligada, com as luzes apagadas, conversamos por horas, horas e horas sobre a história de um cara que veio de Portugal e chegando no Brasil foi chamado de Curandeiro por lidar com ervas, por trabalhar com irradiação de energia e por fazer o bem.Um verdadeiro bruxo. Pasmem... sim, a palavra é Bruxo. De descendência da cultura celta portuguesa, veio para o Brasil com a mulher e 4 filhos. 3 deles, não tive a oportunidade de conhecer, assim como este homem que citei agora a pouco também não o tive. Porém um deles, tive a oportunidade de conhecer e muito, meu avô: José Quintino Lima, um cara que herdou muitas coisas do pai dele. Minha mãe hoje contando que alguns dias antes de morrer, conversou muito com ele e hoje tive a oportunidade de conhecer mais histórias que não sabia e decidi. Vou a fundo nesta história e pesquisarei, viajarei até encontrar uma parte da família que se perdeu. Até encontrar mais estas fabulosas histórias que o tempo não apagou e relatarei todas elas. Sei que existem alguns materiais que meu bisavô usava (um grande livro feito aos antigos modos dos ancestrais o qual ele tinha anotado muitas coisas sobre ervas e mais algumas coisas, uma balança e algumas outras coisas), que deve ainda existir com esta parte da família que não conheço. Já tenho alguns pontos de partida. Algumas pessoas podem dizer: "isto é loucura", "coisa de sonhador", "acha que vai conseguir?"... Enfim, é uma história a ser relatada e a princípio, não me importo com o que digam. Só sei que vou atrás.
E a respeito da primeira parte deste "post" com esta segunda parte, o que tem haver?
Sinceramente não sei. Talvez tenha tudo haver, talvez não tenha nada. Talvez as verdades se fundam em algum ponto que ainda não consegui entender e por isso vou reler, assim que terminar. A única coisa que sei é que logo após a conversa fui tomar banho e de alguma forma durante ele (o banho), o primeiro texto veio fácil e claramente em minha mente e senti a necessidade de escrever. Diferente da segunda parte a qual fui pensando um pouco mais, mas gostaria muito de relatar pois foi muito poético (café, bolinhos de chuva e um bom papo).
(...) A chuva limpa o ar assim como limpa a alma, fazendo que possamos enxergar mais claramente os verdadeiros pedidos ao universo da nossa mente. Ele nos indica o caminho de diversas formas, o resto é com você, é comigo, é com a gente.
Paz, amor e harmonia.
P.S.: Acabei de reler o texto que escrevi quase como se fosse uma psicografia..., resolvi não mexer em absolutamente nada e não faço a mínima idéia de como nomear este post. Dia altamente reflexivo e isto basta.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Eis que Chega Dezembro - E eu, em um bate papo comigo.

O silêncio da noite me conforta, me consome. A estrada que tenho seguido tem sido iluminada por brilhantes estrelas as quais tenho sido confidente.
Chegamos ao mês de dezembro, o último do ano e do nada me surpreendo com pensamentos os quais há algum tempo já não existiam (ou se escondiam em algum lugar), os quais não entendo o por que de estarem voltando a tona deste velho mar que habita aqui dentro do meu cérebro.
Chego a conclusão que realmente somos seres estranhos, ou o universo é estranho o qual muitas vezes compreendo mas o qual também muitas vezes não faço a mínima noção dos fatos que circulam nesta vasta imensidão deste mundo.
Na frente do espelho enxergo uma outra pessoa com uma mesma cara porém com uma essência muito melhor (são os ensinamentos da vida, é a caminhada). Com os mesmos objetivos porém com estratégias diferentes. Talvez seja a vida agindo mais uma vez em mim. Talvez minha ânsia de aprender e querer evoluir (espiritualmente e profissionalmente), seja muito maior do que eu possa imaginar. Sendo assim esta pode ser uma condição muito peculiar minha... ou não.
Fatos um tanto raros tem acontecido, isto não me assusta, mas me faz pensar na ação disto que chamamos de universo.
Talvez esteja assim por estar chegando ao final de mais um ciclo. Talvez esteja assim por realmente estar surpreendendo e sendo ultimamente muito mais surpreendido.
Sinto como se mais uma grande porta se abrisse e as pessoas que de certo modo me circundavam abriram um corredor para que eu caminhe até esta porta. E o que me aguarda ali atrás?
Me sinto em um palco onde as cortinas estão fechadas e só ouço burburinhos da platéia a espera do espetáculo. Um novo espetáculo, onde eu, de certa forma me preparo para apresentar uma outra história. Quanto ao elenco? Alguns continuam, outros saem para dar lugar a novos atores, outros retornam...  É assim que funciona nos tablados deste gigantesco palco da vida não é?
 Meu novo espetáculo está chegando quase na sua data de estréia e ainda muitas coisas estão indefinidas. No entanto, se tivessem totalmente definidas também não teria graça. E sendo assim vamos ver o que vai dar. A única coisa que sei e tenho certeza é que será belo, muito belo, seja da maneira como for pois farei que seja assim.
Estive agora a pouco relendo todos meus textos, muitos deles escritos de uma maneira abarrotados de simbologias (que somente eu sei), que de certa forma vou deixando anotado como modo de não me perder pelo caminho. E o mais engraçado é que algumas pessoas descobrem, outras pensam que descobrem e outras deixam passar desapercebidas. Acho que é aí a graça e o prazer que tenho em escrever. Antes as poucas pessoas que liam que eram amigos próximos eu até conseguia imaginar. Hoje (ja que o número de leitores cresceu absurdamente, e isto me deixa muito feliz), nem consigo imaginar o que passa na cabeça de cada um. Até gostaria, mas sei que de uma certa forma por enquanto não é possível pois realmente só consigo ver o número de acessos seja em cada postagem ou acesso geral no blog, e não cada pessoa que entra, quem é de onde vem... enfim. Apesar de que gostaria muito de saber. Quem sabe um dia esta página de hospedagem em blog não nos possibilite isto também...
Tudo está perfeito, os negócios, as pessoas, os amigos, porém um grau de ansiedade enche meu espírito como se de uma certa forma estivesse prevendo algo que está para acontecer o qual ainda não sei. Assim quando estamos em uma montanha russa e não sabemos ao certo o que irá acontecer.
 Adoro surpresas, tanto em fazer como em ser surpreendido e de certa forma se é revelado antes... acaba não sendo surpresa. Então aguardo aqui. Na frente do espelho olhando em meus olhos, respirando fundo, centrado e esperando o próximo capítulo.
Seja muito bem vindo dezembro meu, o mês onde ocorrem o solstício de inverno no hemisfério norte e o de verão no hemisfério sul, e o meu aniversário.Aguardo ansiosamente seus ventos e suas surpresas.
Atenciosamente,
Eu.



texto encerrado a: 01:27h
dia: 01 de dezembro
ano: 2012
século: XXI
milênio III
faltando 09 dias para encerrar mais um ciclo sobre esta terra.