quinta-feira, 28 de março de 2013

Partindo para uma nova viagem

Sempre gostei de viajar, na verdade sempre passei minha vida viajando.
Morei em 16 cidades diferentes do norte ao sul do país, já visitei muitos lugares. Brasil, América Latina, Europa... Porém sou sincero em dizer que a ansiedade tem tomado conta de mim após a decisão que tive.
Tudo marcado para eu embarcar domingo dia 31 de abril para uma nova viagem a trabalho. No entanto pela questão das festas deste final de semana, tinham acabado as passagens aéreas para o primeiro lugar que eu tenho que estar que é a pacata cidade de Araçatuba no interior de São Paulo. Segunda saída... ônibus. O único carro que ainda restava com poltronas vagas sai de Curitiba as 20:30 no domingo (eu necessito estar em Araçatuba dia 01/04 as 7:00h), não chegaria a tempo. A única alternativa que restou é viajar no sábado a noite, enquanto todos comemoram a Páscoa.
Não vou dizer que não fiquei chateado, pois algumas vezes fui praticamente obrigado a passar datas importantes sozinho como Natal e Ano Novo. Também seria hipocrisia minha dizer que já estou acostumado. Digo: pode crer ou não, porém qualquer data comemorativa  (ainda mais quando é cultural e você é acostumado desde criança a festa em família e amigos), realmente não são legais de passar sozinho. 
Enfim, tudo marcado e realmente viajo no sábado a noite. 
Agora vem a seguinte pergunta que pode estar brotando em suas cabeças meus queridos leitores que acompanham constantemente meu blog: "O que temos haver com isso?". Eu respondo: Nada! Esta introdução foi para dividir com vocês mais uma de minhas loucas histórias por este mundo.
Vejam, realmente não tenho saída. Terei que viajar sábado e chegarei em Araçatuba as 7:00h do domingo. No entanto (não sei se chamo isto de destino ou acaso), uma idéia começou a martelar em minha cabeça na madrugada de ontem para hoje (quarta para quinta) - Bom, eu realmente terei que viajar no sábado. Chegarei no domingo em Araçatuba, se eu for direto para o hotel, passarei o dia inteiro sozinho. Solidão de quarto de hotel? Ficar trancado sem fazer nada? Mais uma vez não, isto não condiz com minha pessoa, com minha personalidade.
Penápolis, Penápolis, Penápolis. 
Penápolis é uma cidade que fica a uns 50km de Araçatuba e foi uma das cidades que eu morei. Na verdade foi lá que comecei minha experiência com música quando eu tinha 7 anos de idade. Sempre tive o sonho de passar um dia por todas as cidades que eu já tinha morado fazendo uma "Road Trip", revendo verdadeiramente minha história. Quem sabe a hora não é agora e este seja só o começo?
Chegarei em Araçatuba, deixarei minha mala no hotel e pegarei um táxi, ônibus, alguma coisa que me leve até Penápolis. Tenho lembranças claras daquela cidade. Onde morei, o colégio das irmãs (onde na sala do meu irmão estudava uma japonesinha que foi par dele na festa junina que se chama Sabrina Sato e hoje é o que é), a praça onde eu brincava e assistia a shows culturais da Dorothy (Será que ela existe ainda?Penápolis era uma cidade que respirava cultura), o conservatório onde aprendi o que era um acorde, o que realmente eram notas... onde tudo começou, o museu onde desde pequeno gostava de ir ver as exposições de pintura que se renovavam, uma biblioteca mágica onde aprendi a "devorar" livros, enfim...
Não vou negar que a ansiedade pegou pesado e me sinto como uma criança que vai andar pela primeira vez em uma montanha russa ou como um adolescente que sabe que vai dar seu primeiro beijo. Palpitação desenfreada... vai ser fantástico. Irei fazer uma volta no tempo "literalmente". Para muitos de vocês isso pode não dizer nada. Para muitos de vocês, isso pode ser apenas um devaneio. Muitos de vocês talvez preferissem que eu postasse mais um conto de fadas contemporâneo ou algum dos outros textos... Tudo bem, é compreensível. Porém eu digo para vocês: Este pode ser meu conto de fadas contemporâneo! Talvez encontrar uma pessoa que eu não vejo há muito tempo e talvez até não me reconheça, reencontrar algum das muitas pessoas que já conheci nesta vida, talvez reencontrar rostos conhecidos perdidos em algum lugar e que de certa forma já foram familiares para mim.
Sim, a história do cara que volta há um lugar que sempre quis voltar após vinte e poucos anos.
Enfim, precisava dividir com vocês meus caros leitores... Segundo as estatísticas apresentadas pela ferramenta deste blog o qual escrevo, estamos por volta de 3000 leitores que entram para ler meus textos mensalmente. Muitos de vocês poderão pensar: Nossa nada haver... Porém sei que também (talvez não muitos), pensarão: É isso aí cara,volte ao tempo para rever parte de sua história.
E você? 
Há quanto tempo não pensa em sua história?
O que te trouxe até onde você está?
Gostaria de rever alguém? Uma professora, uma amiga, pessoas que fizeram parte da sua vida e após muito tempo sem se verem, querer saber como estão, que rumo seguiram?
Gostaria de rever sua antiga casa, sua antiga escola, um lugar que foi especial para você?
Eu mais uma vez terei esta chance de fazer uma viagem ao passado. 
E isto é o que considero um privilégio para poucos. Eis aí: "O mundo está nas mãos daqueles que têm coragem de sonhar, e correr o risco de viver seus sonhos. É justamente a possibilidade de realizar um sonho que torna a vida interessante. Eis os loucos caminhos da vida".
À bientôt!

domingo, 24 de março de 2013

O Próximo Capítulo

E no próximo capítulo da história ele estava lá, sentado em algum lugar da montanha onde as nuvens dançavam, tentando imaginar quais seriam as próximas surpresas que a vida preparava.
Seu pensamento estava longe, seu coração abarrotado de algo que não entendia (ou não sabia se queria mais entender), o acaso não era tão acaso assim. O vento gelado abraçava seu corpo, o sangue "corria" mais rápido que o normal em suas veias.
Onde estaria agora?
As coisas continuavam a não acontecer por acaso e o acaso já não era mais tão acaso assim.
Ela por sua vez em algum outro lugar, precisava resolver coisas mal resolvidas para prosseguir sua vida  dando novas e novas chances para si mesma. Não tinha medo de se arriscar e sabia disso.
Se encontraram então no meio do caminho imaginário que os levava para... Também não sabiam por onde aquele caminho os levaria. O jeito era então deixar o tempo se encarregar de mostrar o que aconteceria. O destino se encarregara de fazer que se encontrassem e isto já era um ótimo começo.
A incógnita era o aroma exalado no ar rarefeito daqueles dias.
Ele se levantou e um forte grito se desprendeu de sua garganta.
Ela ouviu seu nome ser chamado ao longe, mas não tinha certeza de onde vinha.
Ele, gritou, gritou até  perder a força.
Ela com o coração abarrotado,  prontamente se levantou de onde estava sentada e começou a correr como um corcel pelo caminho que levava até ele.
Ele, com o coração abarrotado, prontamente começou a correr como um corcel pelo caminho que levava até ela.
O destino e suas "armadilhas", se encarregou de preparar aquele momento.
E sabiam que haviam se encontrado.
E sabiam que o acaso tinha sido benevolente.
E sabiam pelo que queriam lutar.
E simplesmente sabiam que haviam acabado de entrar em um mar de emoções, um louco mar. E nesse mar precisariam ultrapassar a zona de arrebentação. Sabiam que ondas grandes e pequenas viriam ao encontro deles e muitas vezes criariam resistência no avançar. Situações tensas, pensamentos muitas vezes negativos, relacionamentos competitivos poderiam aparecer para reduzir a força e a coragem que havia nascido no âmago de cada um deles.
Porém ali estavam (de certa forma já juntos), ainda não fisicamente, porém estavam. E os dois, sabiam que com bravura e coragem (que era o que não faltava para aqueles dois seres), seriam capazes de vencer a zona de conflito e chegar às águas tranquilas para o mergulho desejado. E juntos, lá no fundo do oceano, encontrariam uma a uma as pérolas preciosas que tanto buscavam.
E tudo aconteceria (e já estava acontecendo), como devia acontecer.
                                                                                                   

sexta-feira, 15 de março de 2013

O Teimoso inventor de sonhos (III- As Decisões)

Sim, porque precisava decidir.
Sim porque precisava indicar caminhos e descobrir que nem tudo estava perdido.
Sim porque respeitava as diversidades e por lidar com elas, conseguia respirar, conseguia se inspirar.
Em meio as flores daquela manhã...
- Oi. Há quanto tempo não conversamos?
- Sei lá... Tenho vontade mas...não entendo muitas coisas, não consigo me entender e quando penso que estou me achando, me perco. Diz que isso tudo aqui é real, por favor.
- Tudo isso aqui é real. Os sonhos são feitos para se tornar realidade assim como a mistura da farinha com a água que se transforma em massa...
- Mais...
- Sem mais, nem menos. Simples assim...
- Mas tudo é muito complicado e algo me leva a crer que...
- Não. Tudo não é complicado.
- Com que certeza você diz isso porque...
- Com a mesma certeza que já te disse todas as outras coisas e por outros motivos você não quis acreditar.
- Tá. E essa coisa que sinto aqui dentro?
- Coisas suas, algumas criadas por mim. Algumas criadas por você, porém não se esqueça que todas as coisas partem de sonhos. Deus teve o sonho de criar um lugar excêntrico, criou o mundo. O homem teve o sonho de morar próximo ao céu, criou o prédio. Outro homem teve o sonho de voar, criou o avião. E você que sonhos tem? Por que foge deles? A certo modo se estou aqui, é porque você tem o sonho de estar comigo e aqui estou. Agora, vai do modo como você irá conduzir.
Feche os olhos...
Sonhe, voe, crie, somos capazes!
Errar? Faz parte de toda a  criação. Sonhos não são perfeitos... são sonhos e transformando-se em realidade precisarão serem aperfeiçoados de alguma forma.
Sinta, sinta o sol, o vento gelado, as gotas, sinta!
Sentir, sonhar, criar, realizar e superar.
Opiniões? Claro, muitas... porém filtre-as. Todas se possível, e aproveite o que for para ser aproveitado.
O filtro dos sonhos que muitas pessoas usam em suas casas, sobre suas camas, foi criado assim! E acredite, verdadeiramente acredite e todos os seus sonhos acontecerão.
Muitas vezes chegamos muito perto de realizar um sonho, porém por milésimos de segundos decidimos que devemos seguir outro caminho... e as realizações se perdem.
Porém não se esqueça que nunca é tarde para aprender e amadurecer. Ter coragem é o essencial e isto eu sei que você tem.
Ela o calou com um beijo.
Uma borboleta, pousou no dedo indicador (o que indica), em uma das mãos dela... como se confirmasse tudo aquilo.
O sol brilhou mais forte e tomou a cor inigualável.
A música do vento, se misturou a música dos pássaros... Se levantaram e entraram pela porta da frente para tomar o café o qual exalava um cheiro maravilhoso se misturando as flores naquela linda manhã de outono, pois já havia passado o inverno, a primavera, o verão... E todo este tempo eles ficaram ali e se deram conta que estavam juntos apenas no outono.

"Só entendemos a vida e o Universo quando não procuramos explicações, aí tudo fica claro"

quarta-feira, 13 de março de 2013

O Teimoso Inventor de Sonhos (II-A necessidade)

Os corpos se tornaram um entre as flores.
A necessidade de estarem juntos nunca tivera tamanha consistência, e ali estavam.
Entre flores, dois corpos, duas almas perdidas em um distante lugar de uma manhã qualquer.
Ele tecera sonhos em fios de seda.
Os sonhos do inventor  eram compartilhados e de certa forma, desejados por ela que não tinha coragem necessária para passar para o outro lado da janela.
Há muito tempo atrás, ele ouvira uma história de alguém que teria ido ao inferno para buscar seu verdadeiro amor, chegando lá, não fora reconhecido por sua amada e decidiu (mesmo não sendo reconhecido), por lá ficar, pois para ele o que importava era o amor. Até que por um instante ela se deu conta e como em um passe de mágica, estavam juntos, estavam no paraíso (assim dizia a história).
Por sua vez ela só precisava ter a coragem de pular a janela e saber que podia ir e vir. Estava muito perto de saber que as dificuldades eram apenas pequenos obstáculos e a caminhada até agora havia sido apenas aprendizagem e de nada mais importavam opiniões alheias sobre seus sonhos.
O cheiro do café se misturando as flores, os cheiro dos corpos se misturando ao cheiro do café e das flores... tudo isso levado pelo vento que era amigo do teimoso inventor de sonhos.
A criação estava se concretizando.
Eles estavam ali.
A necessidade se fazia presente e como um presente dado a si próprios, chegariam onde deveriam chegar por suas próprias vontades.

terça-feira, 12 de março de 2013

O Teimoso Inventor de Sonhos (I- A Criação)

I - A Criação

Acordou sentindo cheiro de café com sabor de saudade em uma manhã.
Uma dessas manhãs qualquer que o sol insiste em vir visitar.
Eis o criador de sonhos...
O cheiro do café então começou a se misturar ao cheiro das flores justamente quando abriu a janela. Resolveu ficar despido. Despido de roupas, de sonhos, de pudores e sentimentos. Inspirou profundamente o ar gelado da manhã, abriu os braços e foi acariciado pelo vento, o qual veio desejar bom dia!
Ao longe,  figura das montanhas, das flores,  a figura dela a andar pelo campo com uma cesta presa em um dos braços. Uma cesta repleta de flores as quais ela ainda continuava colhendo naquela bela manhã de outono.
Parou repentinamente e como por transmissão de pensamento, olhou para a esquerda.
Não, não foi preciso que se dissesse nenhuma palavra pois os olhos (mesmo ao longe), já se comunicavam muito bem. Cada um sabia o modo do outro pensar. Gostos, cheiros, manias...
O sorriso largo, franco, fez com que ela corresse em direção a janela (a mesma janela que dividia o plano entre o real e o abstrato), deixando que a cesta caísse de seu braço.
Ele por sua vez, pulou a janela como alguém que tem mola nos pés...
Mataram o que os matava... a saudade.
E o cheiro de saudade se transformou em felicidade com aroma de café naquela manhã.
Uma manhã qualquer.
Quando estavam juntos, não importava dia, horário...
Viviam em seu próprio mundo e isso bastava.
A Criação.


sexta-feira, 8 de março de 2013

Pra você Mulher

Woman, Kvinde, Mujer, Donna,  Femme ou ainda Mulher.
Quando Deus te fez no mínimo estava em um dia onde a  inspiração era: um mar turbulento, céu estonteantemente azul  e uma fina brisa caindo sobre os campos com os últimos raios de sol em um final de tarde.
Mulheres...seres complexos e ao mesmo tempo tão simples (simples?), de se entender (entender ?).
Há quem diga que não ( risos).
Dotadas de uma suavidade, uma feminilidade que até mesmo os mais efeminados dos homens não conseguiriam ter, me fazem acreditar que tal dom especial, seja aquele ingrediente  que é colocado em uma comida de um Grand Chef o qual nunca adivinharemos o que é.
Sempre digo que vocês tem o poder, apesar da maioria dos homens não concordarem...
Afinal como explicar? Apenas um olhar, um tom de voz e um sorriso todo especial, acabam sendo capazes de fazer qualquer homem se derreter ficar a mercê de qualquer pedido feito ao "pobre" coitado seduzido.
Mulheres, se vocês soubessem utilizar tudo o que guardam neste corpo, nesta mente, com certeza o mundo seria outro e boa parte dos homens viveriam um tormento (ou não), pois praticamente se tornariam escravos de vocês.
A vivacidade, a força, a brandura, a sedução... presentes como uma chama eterna ardente aí dentro, assim como deusas do Olimpo imortais!  Ártemis (deusa da lua e da magia), Afrodite (deusa do amor, da beleza e da sexualidade), Atena (a deusa da guerra), Reia (deusa mãe) e as Cárites (do encantamento, da beleza, da natureza, da criatividade humana, da fertilidade e da dança).
Como negar se assim as são?
Uma mistura de divindades em uma pessoa só...
O cheiro, a textura, o tom, o sorriso, o olhar, a expressão... (suspiros), mulheres...
 Até minha primeira casa como um ser humano, foi na barriga de uma mulher durante nove meses que depois passei a chamar de mãe. E segundo ela (minha mãe), das 22:30h até as 08:00h do dia seguinte eu era o único menino em um berçário rodeado por meninas.
Como viver sem vocês se desde o começo de minha existência foi assim, mulheres?
Sou profundo admirador deste sexo dotado de tantas coisas que nem ousaria citar,  por mim eu instituiria todos os dias como o dia da mulher e não cansaria de tecer elogios, mandar flores, falar de amores ou simplesmente amar das mais diversas formas que existem...
Hoje, neste dia instituído a você mulher, deixo aqui toda minha admiração e respeito. Que vocês continuem colorindo nossos canteiros assim como flores, que vocês continuem nos enchendo de amores, que vocês continuem nos ensinando, que vocês continuem...
E eu? Eu continuo aqui, sentado na poltrona deste grande teatro da vida admirando, balbuciando meus tolos comentários e pronto, sempre pronto para aplaudir em pé vocês, maravilhosos seres encantados!
Feliz 08, 09, 10, 11 , 12 , 13 , 14 ,15.... dia de qualquer mês, de qualquer ano.
Beijos e carinhos meus!




segunda-feira, 4 de março de 2013

Os Campos de Lavanda

Não. Não sabia por onde começar. Só sabia que queria fazer.
Não. Não sabia se aceitaria desculpas e entenderia seu lado, porém seu medo do não, era maior que o medo do sim.
A prisão entre dois mundos, o tempo implacável que lhe pedia soluções, soluções infinitas vindas de fora, soluções finitas vindas de dentro.
Acreditava em tudo... menos em si.
E se pôs a vagar por loucas viagens dentro de sórdidos pensamentos.
E se pôs a vagar por viagens loucas dentro de pensamentos sórdidos.
E se pôs a vagar em seu mundo.
Acreditar, desacreditando.
O desejo maior em um lugar escondido que não supria mais o espaço que precisava.
A vontade única de...
Pegou o telefone, vasculhou a agenda e...
Sabia mas a certo modo, não queria dar o braço a torcer que precisava de...
Saiu para fora e inspirou profundamente o ar frio da madrugada, olhou para o céu e viu duas únicas estrelas.
O som do vento, o cheiro do mato, o crescimento relutante, o trivial já não bastava e isto era o bastante que já não bastava e não cabia mais dentro de si.
Virou-se calmamente e se olhou no espelho.
A pele nua, o olhar fixo, sabia por quais caminhos havia passado e os quais haveria de passar (ou não).
Haveria de lutar (talvez), mais do que o esperado, porém a decisão era certa e o certo não era mais indeciso e o indeciso já não era mais duvidoso. Crescera como flores em um belo campo de lavanda na primavera, que floresce após a doce chuva. O vento estava a seu favor, exalando o perfume de flores no ar.
Fechou os olhos, respirou fundo...ergueu um dos pés e...foi. Deu o primeiro passo e o que era cinza ganhou cor. O que era escuro ficou claro e as palavras que lhe faltavam, apareceram.
Era fim de tarde, uma tarde qualquer de verão... Era tempo de realmente ser feliz e experimentar o doce sabor do mel que há muito tempo não sentia em seus lábios. Era tempo de tentar sanar o que era incurável. Era tempo de realizar o que julgava impraticável.
Era tempo de ser realmente feliz sem máscaras, sem amarras, sem marras, sem mágoas, sem tudo o que de certa forma pudesse lhe prender.


                                           


sábado, 2 de março de 2013

Sobre as Nuvens!

As nuvens que vagavam pela noite, dançando ao vento, sem pensar no tempo, apenas bailando, eram apenas as mesmas nuvens que me levavam em seu dorso, sem destino para algum lugar.
Iluminado pela luz da lua, branda, crua, cru a te procurar e jurando que encontraria na 2ª vertente da noite fria, em seus braços precisava dormir, descansar...
E esta música? Esta música que me faz sonhar e viajar para muito longe?
Não sei se estou aqui ou é algum fiapo de delírio que ainda desponta aqui dentro...
Não sei se estou aqui ou jogado no tempo, porém não me canso de olhar, vago procurando encontrar o que tanto quero (e ainda não tenho).
Então brilhe doce lua pois nesse instante me ponho a viajar através do mundo dos sonhos onde tudo é possível, onde tudo pode acontecer, onde tudo pode se realizar.
Sim, viajo no dorso da nuvem, da doce nuvem que baila com as outras, "viajar em nuvens é para quem tem coragem" (dizia meu avô). Então vô, aqui estou sentado olhando aqui de cima a cidade que dorme na esperança também de dormir por aqui esta noite. Quem sabe não estou passando aí agora? Saia para fora, olhe para cima e venha, estenderei minhas mãos, agarre-se a elas e venha viajar...
Tenho histórias para te contar e quero ouvir suas mirabolantes histórias sobre o mundo de lá.
Venha! Tenho (sei), o que você precisa e se você precisa... pode usar!
Conheço o teu sorriso... feche seus olhos, me dê sua mão, venha ver que tudo é muito mais que imaginamos, que tudo é muito mais que podemos ter, vem...
Vença o medo, este mundo pode ser seu...
Bom sonhos...