domingo, 26 de maio de 2013

Não Somos Poeira, Somos Magia!

Aproveitando a lua cheia, a boa música, o bom aroma, o vento frio, o coração quente, a cabeça muito longe  e a taça cheia de vinho, eis que resolvo parafrasear Richard Bach.
Acredito que o ser humano não deva viver apenas do racional, nunca deveria querer viver somente da realidade. Afinal o lúdico é o que a maioria das vezes da as cores necessárias à vida.
Algumas pessoas pensam: Como pode? Só falta agora vir falar de dragões, de bravos cavaleiros, de princesas a flanar por florestas secretas encantando cervos e borboletas com seu sorriso...Para com isso o destino já passou a horas do horizonte, as sombras reluzentes já desfilaram há muito tempo e se foram para sempre levando nossa era além das fronteiras, além das aventuras.
Hahahahaha. É um imenso prazer saber que pessoas assim estão completamente enganadas. Princesas e cavaleiros, encantamentos e dragões, mistério e aventuras, príncipes, reis, rainhas... não apenas existem aqui e agora, mas também continuam a ser tudo o que já existiu neste mundo!
Mudaram de roupagem em nosso século (como não podia deixar de ser). Hoje em dia os dragões ostentam  a vestimenta dos que oprimem, dos que não acreditam, dos que enxergam somente seus próprios umbigos, dos que querem explorar e na maioria das vezes somente se importam consigo trajando seus ternos do fracasso, as túnicas do desastre. Os demônios da sociedade guincham, turbilhonam sobre nós, se nos atrevermos a virar à direita em esquinas em que nos mandam virar à esquerda, se fizermos algo que o nosso coração mandar, se ferirmos o manual da sociedade perfeita.
As aparências,  se tornaram tão insidiosas que princesas e cavaleiros podem se esconder uns dos outros, podem se esconder até de si mesmos.
Os cavaleiros ainda continuam a lutar com coragem e bravura por aquilo que realmente acreditam, se colocando muitas vezes a frente do perigo somente pelo fato de ajudar quem precisa muitas vezes pensando por último em si.
As princesas nos dias de hoje continuam se fazendo presente pelos seus sorrisos e seus modos encantadores, muitas buscando um cavaleiro que as ajude, as proteja e as defendam. Muitas salvando vida de cavaleiros (assim como ao longo da história). Porém muitas ainda insistindo nos príncipes encantados buscando a perfeição.
Os príncipes se fazem ainda presentes nos dias de hoje por suas belas carruagens, pensando em si, em seus palácios e somente no que acreditam sem se preocuparem muito com o resto (também assim como ao longo da história). Muitas vezes se esquivando do perigo em defesa própria e acreditando (caso necessite), um nobre cavaleiro poderá o salvar também, pelo fato de se achar muito poderoso.
Enfim, a verdade é que as borboletas, seres e lugares encantados, ainda existem. Basta querer enxergar, basta querer sentir.
Eu, como cavaleiro, com minha espada, acredito que os mestres da realidade ainda nos encontram em sonhos para dizer que nunca perdemos o escudo de que precisamos contra os dragões e contra os seres do mal. Que uma descarga de fogo azul nos envolve agora, neste exato instante, a fim de que possamos mudar o mundo como desejarmos.
A intuição sussurra a verdade: não somos poeira, somos magia!
Acredite.