sábado, 30 de setembro de 2017

Sobre a Noite Passada (conversas, vinhos e afins...)

 Ao lado da lareira que ardia em chamas, entre vinhos, queijos e afins...divagamos em ótimas conversas que se perderam noite a dentro até o dia clarear. Seguem as conclusões que permaneceram em minha mente e pulsam aqui dentro fortemente até agora...
Entre os vários tipos de liberdade, quero a liberdade acompanhada.
Aquela liberdade de ter alguém ao seu lado que você poderá dizer e compartilhar o que quiser e saberá que ali ficará e o que lhe for confiado, ali você guardará.
Quero a liberdade de sorrisos frouxos, de caminhar lado a lado sobre a grama, a liberdade de poder levar alguém em um lugar especial e lá ficar por horas, olhando para o nada.
Quero a liberdade do silêncio, das palavras ditas e mal ditas, que somente quem compartilha entenderá e saberá o que filtrar por se tornarem cúmplices de uma realidade nascida ali daquela nova história que passa a ser escrita.
Quero a liberdade de terceiros não dizerem para mim como devo agir e como devo ser, a liberdade da compreensão entre um laço estabelecido que somente os verdadeiros amantes tem. A troca verdadeira seja no fim de tarde em frente ao mar  assistindo o por-do-sol, seja perdido no meio da noite em algum lugar.
Quero a liberdade de beijos ardentes, carinhos e delícias perdidos no meio da noite, no meio do dia, sem precisar agendar, seja qual hora a hora que for.
Quero a liberdade (até), de poder cobrar e ser cobrado, mas somente pela pessoa a quem liberdade dei. Pois é aí que se comprova a verdadeira troca de liberdade, sabendo o limite do outro eu e do meu eu próprio. Não existem relacionamentos que não sejam assim, e até os famosos "relacionamentos abertos" comprovam isso, sempre vão existir regras e até para isso é necessário a liberdade.
Quero a liberdade de cafés despretensiosos, liberdade dos olhares que se entendem e compactuam mais de mil palavras apenas pela troca de um olhar, liberdade de energias que se completam quase se tronando somente uma.
Quero a liberdade de poder ser e estar, a liberdade que ultrapassa a redoma de vidro, que ultrapassa a liberdade vigiada sem precisar se enganar. É assim que se constroem laços, é assim que as rochas ganham formas, pois se estivessem dentro de uma redoma, o vento não conseguiria entalhar e não aconteceriam  mudanças em sua forma.
Quero a liberdade de oferecer tudo que há de melhor em mim e tudo que há de melhor ganhar.
Quero a liberdade de poder ser e poder estar, sem isso nada vale a liberdade inventada em regras mal compartilhadas de um livro da "sociedade perfeita", que insistem em me obrigar a reverenciar.
Quero a liberdade do respeito, pois sem ele não vamos em nenhum lugar, saber dar o respeito e respeitar é uma forma de fácil compreensão, porém ainda mal compreendido. Tendo isso quero caminhar junto com um outro alguém, ajudando, sendo ajudado, sabendo que por mais que reme algumas vezes o barco sozinho, com alguém junto é mais fácil longe chegar.
É fato que as pessoas tem se iludido com uma falsa liberdade, e é necessário mais uma vez esclarecer a diferença brutal, entre liberdade e libertinagem.
Liberdade e libertinagem são dois conceitos relacionados e que muitas pessoas confundem. Os dois são fulcrais no processo de tomada de decisão do ser humano, e revelam atitudes diferentes dos
indivíduos.
A liberdade consiste no direito de se movimentar livremente, de se comportar segundo a sua própria vontade, partindo do princípio que esse comportamento não influencia negativamente outra pessoa. De acordo com a filosofia, a liberdade é a independência, autonomia e espontaneidade do ser humano.
Por outro lado, a libertinagem é fruto de um uso errado da liberdade, porque demonstra irresponsabilidade, que pode prejudicar não só a própria pessoa, mas outras pessoas também. Quem age com libertinagem, revela não se importar com as consequências que o seu comportamento pode ter. Em muitos casos, a libertinagem é traduzida por uma ausência de regras ou regras estabelecidas somente por uma pessoa que a pratica. Desta forma, alguém que bebe e depois dirige, é um exemplo de alguém cuja atitude evidencia libertinagem, pois está colocando em risco a sua vida e a vida de outras pessoas.
A famosa frase  "A liberdade de cada um termina onde começa a liberdade do outro.", atribuída por muitas pessoas ao filósofo inglês Herbert Spencer, indica que a verdadeira liberdade respeita o próximo, e o seus direitos.
Já a libertinagem assume uma mentalidade oposta: "Eu posso fazer tudo o que eu quiser, ninguém tem nada a ver com isso e ninguém pode me impedir." Um libertino é alguém rebelde, egocêntrico, embrutecido, escravo de todos os desejos que surgem na sua mente, e por esse motivo a libertinagem é a principal causa de barbaridades. A libertinagem escraviza e mutila o ser humano, enquanto o oposto - a liberdade - o capacita a ter uma convivência saudável com o seu próximo.
Quer ser confiado? Dê confiança.
Quer ser compreendido? Dê compreensão
A vida é muito curta para ser pequena e com os pequenos aprendizados do dia a dia, podemos ir mais longe e sermos muito mais felizes de verdade.
Sim, quero a liberdade de junto com alguém ser realmente feliz sem perder a felicidade entre meus dedos, quero poder dar e receber de uma forma verdadeira, sem ilusões para poder fazer a mágica do dia a dia acontecer.
Me disseram que este pensamento é um tanto quanto utópico...
Eu acredito em utopia.
A mágica só acontece quando você SE permite e permissão é algo que eu não tenho poupado em minha vida.
Permita-se e você verá que é possível!