quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Vamos Falar de Regras (sem dizer eu te amo).

Estava eu e uma amiga sentados na grama do museu Oscar Niemeyer em Curitiba-PR, perdidos na noite, tomando uma cerveja esta semana. O tema era como as pessoas lidam com os relacionamentos e suas regras, e foi exatamente aí que nasceu a ideia de escrever este post.
Vivemos em um mundo onde a cada minuto nascem muitas regras.
Regra para isso, regra para isso, regra para aquilo, regras religiosas, regras governamentais, regras familiares, regras amorosas e quando vemos, estamos em um mar de regras pelo simples fato de sermos acostumados a complicar nossas vidas  quando tudo poderia ser muito mais fácil.
Não tenho dúvidas que as regras são necessárias para quase todas as coisas, inclusive para os relacionamentos amorosos, porém o não comedimento de regras criadas (e sim é isto que me assusta), a falta de maturidade para entendê-las e cumprir o que foi acordado,  leva à frustração. Ainda mais quando são as regras de um relacionamento onde quem as aplica espera uma vantagem de dominação sobre a outra pessoa sem que se dê chances de respiro para o outro lado.
Ou ainda, sendo mais claro, o relacionamento amoroso  é o único "jogo" que se não for sempre empate todos perdem.
Algumas pessoas (seja por suas histórias de vida ou costumes), criam tantas regras que acabam se perdendo dentro delas mesmas e sendo assim, muitas vezes acabam culpando a pessoa que está a seu lado, culpa a cultura onde cresceu e entre tantas coisas chega a culpar o signo do horóscopo e suas combinações baseadas em sinastrias amorosas e mapa astral.
Sou sagitariano nascido em 10/12. Na semana passada, a título de pesquisa, resolvi entrar em alguns sites para fazer minha sinastria amorosa. Sinastria para quem não sabe, é fazer  a combinação amorosa entre os signos para saber o que funciona ou não. Pois bem, fiz minha sinatria amorosa com todos os signos e o que descobri?
Meu signo não combina com nenhum outro signo! 😲
Estaria eu fadado a passar o resto da minha vida sozinho?😩
É claro que sim.
Caso isso eu quisesse e estivesse disposto a acreditar somente no que me falam sem nada precisar analisar. Ou ainda nesse caso, poderia ser aplicada a regra: "Culpe o signo e não mude!"
É mais fácil assim, não é?! E é assim que vamos nos esquecendo que quando não mudamos velhos hábitos que não nos serve mais, quando "não se joga as roupas velhas para dar lugar as novas",  NÃO SE EVOLUI e quando não acontece evolução, ficamos dando volta em círculos assim como as "formigas correição", que andam em círculo até morrer de exaustão.
Em questão aos signos antes que você me diga qualquer coisa tentando me provar sua crença no zodíaco, eu já me antecipo e te digo que acredito neles sim, assim como acredito em mapa astral (tendo em vista que já fiz o meu), porém não acredito que eles possam adivinhar alguma ou qualquer coisa (o que muitas pessoas confundem), pois os signos nada mais são que um estudo alinhamento de energia baseado na hora que você nasceu e quais estas influências isto causa na sua energia, no seu comportamento referente ao dia a dia conforme o alinhamento dos planetas.
Não podemos esquecer que nada mais é que um estudo que serve para nossa própria EVOLUÇÃO.
Oras, se é um estudo que mostra o lado bom e ruim do seu perfil energético, se você for uma pessoa esperta, trabalhará o lado ruim para que ele se torne melhor. Ou ainda... entrará em EQUILÍBRIO. Neste caso, não precisará mais colocar a culpa de personalidade em seu signo. Sou prova viva disso! Já namorei pessoas de vários signos, inclusive uma que segundo o zodíaco, nunca combinaria (mesmo),  com meu signo pela questão dela ser do signo de Touro.
Posso contar um segredo?
Foi o namoro mais longo e um dos mais sinceros e divertidos que já tive. Nossas regras eram em comum acordo e serviam para os dois, evoluímos bastante juntos. Até o final do relacionamento foi em comum acordo e sem stress algum! Tanto é que a amizade se manteve durante um longo tempo.
É fato que relacionamentos onde são seguidas apenas as regras de uma das pessoas, está fadado ao fracasso e nunca poderá ter um final feliz. Ou ainda, qual seria a graça  da brincadeira do: "Eu posso e você não"?
É assim que em torno disso nascem histórias sem fundamentos e a leveza se perde instantaneamente e acabamos sempre culpando o outro lado da relação. Afinal, saber olhar para si, comedir regras e se colocar no lugar da outra pessoa é essencial para QUALQUER tipo de relacionamento, seja amoroso, familiar, de trabalho, de amizades...
Morei em 16 cidades, sempre viajei muito (e continuo viajando). Vi e conheci diversas pessoas, diversas etnias, diversos modos de pensar. Aprendi e troquei muitas lições (acredito que ainda tenho muito a aprender), porém, a lição das regras está no "pacote" das mais importantes das que levo em minha bagagem.
Não se esqueça que tudo pode (e deve),  ser leve sim e isto depende única e exclusivamente de cada uma das pessoas que fazem parte deste relacionamento e, a partir da hora que as pessoas tiverem consciência que não importam as histórias que passaram e sim a história que está vivendo, respeitando isso, não precisa de um número de regras gigantescas, que as regras criadas ali naquele relacionamento tem que ser em comum acordo e respeitadas pelas duas pessoas para que não se criem "fantasmas", que os erros devem ser considerados e sempre colocados na balança pois somos humanos e podem ser relevados a partir de que haja uma vontade verdadeira de corrigi-los (e isto pode ser uma regra), e se isto passar a acontecer, vai ser claro a existência (no mínimo), de mais relacionamentos felizes sem culpas, sem máculas, sem julgamentos.
Sempre é hora de mudar e não é necessário sempre perder muito por pouco.
Pense nisso.
Até breve!