Ordem do Dia

Hoje eu, dono e senhor dos meus sentimentos, das minhas verdades e do meu ser assino o seguinte decreto:

* Fica decretado que não irei sofrer por aquilo que não merece ser sofrido e só darei real importância para o que realmente tiver importância para mim. O resto das questões passam a ser casos peculiares secundários.

* Decreto também que não importarei com o que as pessoas pensam a meu respeito e dizem sobre mim. Eu, acima de tudo me conheço. Sei quem sou e conheço em meu íntimo meu modo de agir. E as pessoas com quem realmente me importo também conhecem, sendo assim, sei que elas tem o discernimento necessário para separarem as verdades das mentiras que ouvem a meu respeito.

* Ajudarei ao máximo quem quer ser ajudado (desde que eu não saia prejudicado), e não perderei mais meu tempo com quem se acha inteiramente dono  de verdades infundadas e que até pouco tempo atrás ainda tiravam meu sono por estarem interligadas ao segundo artigo logo acima.

* Decreto que reconheço minhas imperfeições, que já errei muito e vou continuar errando, pois sendo humano, sei que sou imperfeito. Porém me obrigo a corrigir meus erros buscando corrigir, para a cada dia me tornar uma pessoa melhor. Esta é minha meta.

* Decreto que buscarei e lutarei pelo amor verdadeiro das pessoas até que não haja mais forças ou até que elas  me provem que não vale a pena lutar por elas. Neste caso estas pessoas serão encaminhadas ao campo do esquecimento e ficarão lá pelo tempo determinado por elas.

Não, não me arrependo de nada, tudo é aprendizado e me ajudou (ajuda),  na parte do meu crescimento como ser humano.
Não sou hipócrita em escrever coisas que eu não sou e são impossíveis de se atingir, reconheço os meus limites, conheço meus pontos fracos e sei que estou bem distante de ser uma Madre Tereza de Calcutá (que até ela tinha muitos defeitos), não sou santo, não sou demônio, sou um ser que percorre os caminhos desta vida buscando aprender. Sobre mim, sobre você, sobre as pessoas que vou encontrando no decorrer desta viagem por este mundo.
Muitas vezes condeno o mundo pelas coisas que considero erradas acontecerem comigo, porém muitas vezes não percebo que EU sou o problema e a partir da hora que eu me olho no espelho, diretamente dentro dos meus próprios olhos e tento mudar, as coisas ao meu redor mudam. Foi justamente aí que parei de ficar condenando "Deus e todo mundo", e vi que muitas vezes a peça chave está aqui. Acredito que se a maior parte das pessoas fizessem isso, put´s... tudo ia ser no mínimo 80% diferente.

É fácil apontar o dedo, é muito fácil condenar, aliás, a mão que apedreja também pode acariciar.

Continuando meus decretos...

* Decreto que não vou deixar que me condenem pelas coisas que fiz, faço e vou fazer.Principalmente por aquelas que nunca fiz e pela imaginação fantasiosa da pessoa que condena, insiste em dizer que: sim, você fez. 

Muitas vezes os inquisidores, falsos moralistas, são os que mais condenam e quando menos esperam estão fazendo exatamente a mesma coisa... ou pior. Sou capaz de citar muitas histórias, as quais não vem ao caso agora.

* Me darei a possibilidade de ser feliz todos os dias e nestes dias buscar a paz,  todos os dias lutar por mim, por quem acredito e por um verdadeiro amor, nem que seja o amor da mesma pessoa.
Afinal, é somente assim que uma relação se sustenta, se houver uma luta pelo amor, uma conquista todos os dias.

* Não falarei que nunca vou fazer aquilo ou nunca vou fazer isso, nunca vou ficar com isso, nunca vou ficar com aquilo, nunca serei assim... O fato é que  mundo da voltas e quando menos imaginamos, podemos cair e estar fazendo tudo o que condenávamos a poucos minutos atrás. Por isso considero o discernimento como fator essencial em qualquer ser humano, pois a partir da hora que não existe discernimento... sua essência pode se transformar no odor de um perfume não muito agradável e é justamente aí que você pode se perder e nunca mais se encontrar.

Ontem estive em Sorocaba de manhã, a tarde em São Paulo e a noite voltei para Curitiba, o que me fez escrever este post foi baseado nas conversas informais fora das reuniões, em perceber como o ser humano anda carente de pessoas com essências verdadeiras, como o ser humano anda carente pela falta de amor verdadeiro, como o ser humano anda fútil e banal.

Ontem na hora do almoço, um amigo que é jornalista o qual estou compondo a trilha do documentário dele, relatou a história da ex-namorada o qual ele era loucamente apaixonado, a qual obviamente não vou descrever por fatores de bom senso. O que me chamou atenção é de como as pessoas por medo de se arriscarem acabam ficando presas em um mundinho estranho! Tá, cada pessoa escolhe o que quer da vida e este é o livre arbítrio que é outra coisa que eu acho linda. Mas... Não sei se é por enxergar o mundo de uma forma diferente,  que tenho esta ânsia de que todos enxerguem e vejam que o tudo é muito mais que isso, consegue me entender?

O contentamento pelo simples contentamento é algo que me incomoda, e nesta questão decreto que não vou forçar ninguém a ter essa visão, porém gostaria muito, porque é muito bom! 

Podem me chamar de sonhador, maluco, mas não se esqueça: tudo parte de sonhos, sonhos para serem concretizados. 

Vamos, venha, tente, é bom.

E minha cabeça nessa tempestade de idéias, e meu coração palpitando em síncopes de taquicardia, e eu nesse momento querendo gritar!!! Consegue escutar?

Poxa, será que é tão difícil entender?

* Tá, tá. Sendo assim criando um novo decreto, fica decretada a minha pessoa que farei menos perguntas e buscarei mais respostas.

* E  para encerrar fica decretado que machucarei o menor número de pessoas possíveis e as que eu por ventura sem querer machucar, procurarei pelo menos a dor sanar, respeitando-as em qualquer circunstâncias e buscando entender o que gera sua dor. Seja ela por amizade, seja ela por amor. Afinal de todas as dores a que mais traz sérios danos, é a dor do "coração" - e nesta dor envolvem-se patologias por machucar pessoas que você gosta muito, mais ou menos, pouco (amigos, colegas, conhecidos), ou machucar uma pessoa que você julga que ama. Se você comparar os números de feridos em uma guerra, com os números de feridos de amor, você vai ver que a segunda opção vem em número muito maior e com certeza não haveriam hospitais suficientes para atender todos os pacientes.

(No meu caso aprendi o poder da regeneração passando alguns dias com o Wolverine, que me disse : "Consigo regenerar qualquer corte e só não aprendi ainda a regenerar o coração"

Ou seja, acabei ficando na mesma que ele, e acho que é algo que todos nós seres humanos ou mutantes, vamos lutar o resto da vida.

Estou aí, administrando este meu país interno e a cada dia aprendendo algo novo com pessoas, com animais, com a vida...

De uma vez por todas decidi nunca mais ser um pássaro de gaiola, afinal passarinho não foi feito para ficar em gaiolas, foi feito para voar e enxergar a vida por outros ângulos, por outras perspectivas... venha voar e veja como é bom! 

 Pássaros em gaiolas são como pessoas presas, só conhecem aquele mundo onde vivem e suas visões e verdades passam a ficar limitadas. Nada como fora de gaiolas, poder voar, poder enxergar que tudo vai muito mais além do que imaginamos e que as verdades não são absolutas. 

As pessoas que são presas, os pássaros que vivem em gaiolas, são seres que muitas vezes perderam muito por muito pouco. E nessa vida também é assim. Muitas vezes perdemos MUITO por muito pouco...