terça-feira, 20 de novembro de 2012

Quanto Tempo?

Quanto tempo desta vida perdemos por mesquinharias?
Quanto tempo desta vida perdemos por não saber amar?
Quanto tempo desta vida perdemos por não saber perdoar?
O relógio do tempo é um relógio incompreensível a nós simples mortais. Não sabemos que dia partiremos daqui e muito menos que horas iremos. Pois se fosse assim seria muito fácil! Talvez faríamos tudo diferente. Tentaríamos novos caminhos mais frequentemente, experimentaríamos mais coisas diferentes, teríamos no mínimo menos pré-conceitos (preconceitos), seríamos mais gentis, procuraríamos machucar menos as pessoas, seríamos mais simples e doces de verdade.
É bonito falar, é bonito escrever, tudo é muito lindo na teoria e eu te pergunto: E na prática? Você já experimentou?
Me conte uma coisa: E se você soubesse que iria morrer amanhã, o que faria no dia de hoje?
Ou melhor, se você soubesse que seu tempo de vida neste mundo terminaria daqui 1 mês, o que faria a partir de hoje?
Tem horas que fico pensando, como somos seres mesquinhos e muitas vezes fáceis de se levar pelo bonito e prático manual da sociedade perfeita. Por Deus, NÃO!
Hoje perdi mais um amigo que partiu para outro mundo. Já perdi alguns amigos significativos nesta vida.
Cada vez mais acredito que muitos dos nossos momentos são desperdiçados pelo simples comodismo do "não tentar", do "se esquivar", do "acreditar no cômodo", do "verdadeiramente não arriscar", do "acreditar que sempre está 100% certo", do "humilhar"... enfim de uma série de coisas que me faz pensar cada vez mais seriamente sobre a vida.


Em uma de minhas últimas conversas com esse amigo que agora se foi (entre tantas outras conversas, ele com câncer sem saber que horas ia, mas de uma certa forma já se preparando), comentávamos que muitas vezes deixamos de usar nossas forças e assim deixamos "fantasmas" nos dominarem. Muitas vezes nem se quer tentamos o "sim", já que é mais cômodo ficar com o "não" e chamamos isso de prudência. Deixamos muitas vezes que as imperdoáveis cegueiras ideológicas nos dominem, deixando facilmente nos convencer, mascarando a realidade e alienando nossa consciência.
Assim fica fácil culpar, fica fácil julgar, fica fácil criticar.
E nossa auto-crítica que pouco ou quase nunca aparece?
Eu sempre acredito na mudança do ser humano, acredito na minha mudança e tenho me esforçado muito ultimamente para isso. Meus pesos e medidas estão se transformando em outros, não quero mais perder meu tempo com mesquinharias, afinal não sei quando vai ser minha hora de ir.
As únicas certezas que tenho  e me restam neste momento são:
* Todos nós vamos uma hora, não somos seres eternos e nosso mundo não é aqui.
* Somos seres imperfeitos que nunca chegaremos a perfeição.
* Podemos mudar sim,  basta querer.
* Esquivando-nos do "sofrimento" (entre aspas), geralmente perdemos a felicidade.

 ATITUDE e DISCERNIMENTO - matérias primas básicas para uma verdadeira mudança (segundo meus conceitos).

Atitude, s.f. Postura do corpo; norma de proceder; reação ou tendência determinada de comportamento em relação a qualquer estímulo ou situação; propósito; maneira de significar esse propósito.

Discernimento, s.m. Critério, prudência, tino, inteligência.