quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Fim de tarde de um verão qualquer...

...ela caminhava a beira  mar, sentindo o sol tocando seu corpo e a água que suavemente vinha acariciar seus pés. Caminhava sem direção, porém caminhava. O fato de ficar parada em algum lugar não a agradava e ela sabia muito bem onde queria chegar (ou não). Porém acreditava e pelo fato de acreditar já estava muito a frente de onde julgava estar, mesmo sem saber.
Sim, ela caminhava calmamente e sabia que aquela água corrente de certo modo a ligava com outros lugares, com outras vertentes. Sabia que aquele oceano de certo modo não se limitava somente a estar ali e por isso acreditava (mais que qualquer outra pessoa), que não precisava entender o que acontecia ali fora, precisava entender o que acontecia ali dentro em seu mais íntimo ser e por isso caminhava.
(Obrigado especial a minha querida amiga  Cibelle Fontes
que gentilmente me cedeu uma de suas pernas para este post.
Fico no aguardo da outra perna! rs)
Fim de tarde de verão e do nada, assim como se fosse uma mágica, uma suave brisa veio acariciar seu corpo e o vento do fim de tarde a abraçou como o abraço de alguém que ela esperava mesmo sem saber quem era (ou sabendo), fechou seus olhos e como se fosse o único ser naquele lugar, começou a bailar ao som das ondas que ainda continuavam a acariciar seus pés e do nada, assim como uma pluma, flutuava e flutuava. Ela conseguia escutar sua própria alma, conseguia escutar o som das gaivotas que lhe contavam o que sua alma estava dizendo, e principalmente escutava o som do seu coração. E naquele momento, naquele único momento, estava em seu mundo, bailando, ouvindo histórias, permitindo sentir novas emoções que eram refletidas a cada minuto, a cada segundo. Entendera então, que o amor era parte de tudo, dos ventos, das águas, das ondas, dos pássaros, de mundos, de perfeitas imperfeições...
Abriu seus olhos instantaneamente.
Não entendia muito bem o que havia acontecido, porém tinha uma certeza, talvez uma certeza como nunca tivera antes, descobrira que o tesouro que ela tanto procurava era justamente onde estava seu coração e; de qualquer forma, ela precisava encontrar este tesouro para que as peças do quebra cabeça se encaixassem e tudo fizesse sentido...
As ondas
A lágrima gelada
O pé na areia
O amor
O amar
O mar...