quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Da noite passada...

Novamente olhando no espelho, no fundo dos olhos, se fez uma pergunta: Hei,conseguiu encontrar consigo?  
O silêncio que ja era profundo, se instaurou dentro de sua alma. Foi quando começaram a surgir as incertezas, porém diferente das outras vezes, estas ja não eram mais ameaças, ja havia perdido a mania de premeditar seus passos, pois sabia que premeditando havia mais chances de errar. Então respirou fundo, respirou e respirou.
De algum modo estava aprendendo a lição. A consciência estava clara e havia mostrado que se mover com a multidão não era mais fácil do que escolher seu próprio caminho (foi assim que ganhou forças para tomar decisões não se deixando intimidar pelo silêncio, pela indiferença ou pela rejeição). Sim, sabia que estava em um processo de aprendizagem contínua e oque mais chamava sua atenção, era a descoberta de que não existia amor impossível. Sendo assim  prometeu para ele mesmo que nunca mais se deixaria assustar quando tivesse que buscar oque precisava. Inclusive oque chamam de amor impossível. Errou muitas vezes (tinha consciência disto), mas também acertou muitas vezes. Desviou o olhar que confrontava o seu e resolveu sair para respirar um ar puro, ver a lua, as estrelas...
Do nada " se pegou em uma conversa com seu próprio eu. Talvez era isso que lhe tirava o sono, estes encontros repentinos consigo, encontros que estava tentando fugir, pelo menos naquele momento, mas não conseguia.
Foi quando começou a refletir sobre pensamentos que não queria mais refletir e no entanto voltavam, ou em forma de sonho, ou em forma de sinais. Percebeu então, que as vezes precisava criar problemas para manter-se ocupado e foi aí que começou mais uma vez a perceber que seu limite de visão estava ampliando, pois  naquele momento estava considerando suas dificuldades como desafios pessoais.
E foi aí que passou a acreditar mais na sua intuição sem se deixar atacar.
E foi aí que passou a ter plena consciência que a melhor coisa é o discernimento (a bússola que aponta sempre para o lado certo).
E foi aí que antes de agir passou a se imaginar  cada vez mais na pele dos outros.
E foi aí que conseguiu dormir e sonhar tranquilamente.

"Um estudo sobre frequentadores do Zoológico Nacional de Washington revelou que o tempo médio que as pessoas passam olhando qualquer exposição de animais não ultrapassa 10 segundos. As pessoas reclamam que os hipopótamos sempre estão submersos; na verdade, a média de submersão vai de 90 segundos a um máximo de 5 minutos - entretanto, a pressa de ir adiante não deixa o visitante aproveitar o motivo da visita."