quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Em Resposta a Perguntas

- Em uma das minhas últimas viagens, tomando um café no final da tarde com um amigo, ele perguntou: "Jr. Pereira, tenho uma pergunta para você. Sempre que leio seu blog fico me questionando e aproveitando o ensejo pergunto: Para quem você escreve? Para uma pessoa específica, para várias pessoas específicas ou para você?"
Juro que na hora me fez pensar muito e minha resposta foi: "Não sei te dizer agora meu velho, mas juro que assim que tiver uma resposta te darei."
"Razão ou emoção?" - perguntou ele
Sem titubear respondi: "Emoção sempre, com uma pitadinha de razão!"

- Em uma outra ocasião conversando com uma amiga via bate-papo do facebook, ela disse que estava lendo meu livro, estava adorando e perguntou:: "Como escreve-se um romance sendo solteiro??? E seu romance é bom, não é depressivo, é lindo, inspirativo. Como isso???"
Respondi de uma maneira um tanto quanto grotesca, que na verdade nem era a resposta certa, mas me fez pensar muito...

Muito bem senhoras e senhores que acompanham este blog (e a vocês dois meus queridos que fizeram as perguntas as quais não dei as respostas certas na mesma hora, por não as ter).
Estes dias, o qual se aproxima o meu aniversário (assim como sempre quando meu aniversário está chegando),  ando um tanto quanto reflexivo.
Hoje após uma sessão de gravação que durou 4 horas consecutivas, saí do estúdio que fica no Juvevê e voltei andando até meu apartamento que fica no Água Verde (hoje fui e voltei andando, sempre que preciso pensar, para mim a melhor alternativa é andar), para você que não mora em Curitiba, da mais ou menos a distância de uns 10 Km (um pouco mais ou um pouco menos).
Muito bem, coincidentemente, hoje de manhã quando abro a página do meu facebook tinha uma mensagem da minha mãe que começava assim: "A palavra coragem é muito interessante. Ela vem da raiz latina cor, que significa "coração". Portanto, ser corajoso significa viver com o coração. " E isto de uma certa forma ficou martelando em minha mente durante todo o dia de hoje, ela é uma pessoa que me conhece muito bem e tinha tudo haver a mensagem que ela havia deixado para mim. Comecei inconscientemente a pensar nas duas perguntas que tinham sido feitas para mim até que  meus pensamentos acabaram aflorando de uma forma consciente e apenas firmei algo que eu já sabia, mas de certa forma talvez quisesse esconder de mim por alguns motivos ...
Sou sim, um ser apaixonado.
Apaixonado por tudo que reluz aos meus olhos, pulsa, aquieta, arquiteta e irriquieta minha mente e meu coração.
Apaixonado pelo indecifrável, pelo que me seduz.
Apaixonado pelo novo, pelo diferente, pelo não óbvio, pelo explicável e pelo o que não há explicação.
Apaixonado pelo que surpreende, pelo que causa mistério, o frio na barriga, pelo que é, pelo que já foi e pelo que será.
Apaixonado por pessoas interessantes...
Apaixonado.
Respondendo a primeira pergunta, escrevo para uma, para duas, para três e infinitas pessoas (incluindo eu). Alguns textos são para amigas e amigos (incluindo familiares), para mim mesmo ou para pessoas muito específicas  meu caro amigo (que geralmente não fazem a menor idéia que são para elas, ou se fazem... fingem que não sabem), para algumas que ainda não conheço (de forma mais concreta) e para algumas que ainda vou conhecer (que geralmente são aquelas que idealizamos para ter um relacionamento legal).
Respondendo a segunda pergunta: A medida da paixão é uma medida indecifrável sendo assim, este ser sonhador que escreve neste momento com a cabeça na lua e os pés no chão, apaixonado sempre, acredita que não é difícil escrever um romance mesmo estando solteiro (como você disse em sua mensagem). Geralmente deixo as idéias virem e simplesmente por um modo ou outro de se estar apaixonado (neste caso, por enquanto mesmo sem uma namorada), deixo que minha mente viaje para muito longe sem medo se ela (minha mente), vai voltar ou não (na verdade ela sempre volta, acho que treinei ela para isso. rs). Sendo assim quando estou sozinho (sem estar em um relacionamento sério), penso com quem gostaria de estar naquele momento e criando situações (algumas reais...bem reais), acabo deixando a paixão fluir pela ponta dos dedos. Estes mesmos dedos que digitam agora este post .
Agora, obviamente (em qualquer um dos casos), sempre acaba havendo uma musa inspiradora... rs
E é isso, assumo este meu lado apaixonado por tudo, ou ainda, assumo que SINTO a vida com esta minha alma de artista sem medo nenhum.
Sei que existem várias histórias que chegam das mais diversas formas aos meus ouvidos, sobre mim (assim como acontece com a maior parte das pessoas, histórias que elas ouvem sobre elas). E a única coisa que posso dizer é: aprendi a lidar com isso também.Existiu uma época que comentários me tiravam o sono, hoje não mais, pois conheço e acredito minha essência, acredito que muitas histórias que chegam (as quais não são verdades ou algumas com verdades bem alteradas), são criadas e "recheadas" por algum motivo (que sempre acabam prejudicando alguém de alguma maneira, e geralmente esse alguém somos nós mesmos). Para se saber a verdade e tirar as conclusões é sempre bom se analisar e ouvir os dois, três, quatro lados da história.
É justamente por isso que um julgamento em tribunal o juiz e os jurados ouvem e analisam os dois lados da história, para que não haja injustiças (e mesmo assim em muitos casos já aconteceram grandes injustiças nas histórias dos tribunais).
Não me preocupo mais com histórias (pois de certa forma sempre estou disposto a responder qualquer pergunta que me façam e isto me leva a escrever também), e cada vez mais me sinto um ser apaixonado, pasmem... até por isso!
O fato é inevitável: Sem paixão, sem amor... eu não sou nada.
E é isto que me faz sentir, é isto que me faz escrever, compor, sonhar e acreditar que tudo sempre pode ser melhor!