domingo, 2 de dezembro de 2012

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Muitas vezes estamos tão centrados naquilo que julgamos  que é certo que esquecemos de todo um contexto, deixando tudo para trás.
Muitas vezes fazemos pedidos ao universo, o universo nos atende, porém por não ser exatamente do modo que queremos deixamos oportunidades únicas passar. Daí sempre temos duas saídas: ou deixamos tudo como está ou reconhecemos que tudo não é exatamente do modo que desejamos, mas sim, podemos correr atrás, reconhecer que somos mortais, erramos e sendo assim, tentar recuperar o tempo perdido.
Algumas pessoas dizem que tempo perdido não se recupera. Balela pra boi dormir. Geralmente este papo parte de pessoas que se conformam e optam pelo comodismo. Pessoas que acredito que sempre terão um grau de insatisfação inevitável para o resto de suas vidas neste mundo.
Geralmente, um bom cozinheiro não acerta seu prato principal de primeira. Ele tenta, erra, ouve as pessoas dizendo que nunca vai dar certo, tenta novamente, algumas pessoas dizem que nunca comerão este "prato", porém bravamente ele tenta e consegue chegar ao ponto exato. É quando outras pessoas provam e dizem que nunca comeram nada igual, mesmo sem saber ao certo quantas frustrações ele teve até conseguir o "ponto" exato. E sendo assim, as outras pessoas que criticaram voltam a provar e dizem: "É, você tinha razão. É o melhor prato que já experimentei".
Acredito que muitas vezes somos mesquinhos e desdenhamos o que pedimos pelo simples fato de achar que tudo deveria ser a nossa maneira e não é.
Muitos destes pedidos que recebemos de certo modo temos que nos adaptar também, assim como alguém que compra um novo carro. A regulagem do banco que vem de fábrica muitas vezes não é nossa regulagem, neste caso, regulamos o banco para que fique confortável a nós. Só por isso o carro passa a ser pior? Porque não veio com a regulagem certa? Consegue me entender? Consigo me entender? Adapte e não deixe que a infelicidade seja maior do que a felicidade. Sempre há tempo.
Hoje a tarde, nesta tarde chuvosa de domingo, tive um momento um tanto quanto poético na companhia dos meus pais. Enquanto chovia muito forte,  sentados na sala, com a tv desligada, com as luzes apagadas, conversamos por horas, horas e horas sobre a história de um cara que veio de Portugal e chegando no Brasil foi chamado de Curandeiro por lidar com ervas, por trabalhar com irradiação de energia e por fazer o bem.Um verdadeiro bruxo. Pasmem... sim, a palavra é Bruxo. De descendência da cultura celta portuguesa, veio para o Brasil com a mulher e 4 filhos. 3 deles, não tive a oportunidade de conhecer, assim como este homem que citei agora a pouco também não o tive. Porém um deles, tive a oportunidade de conhecer e muito, meu avô: José Quintino Lima, um cara que herdou muitas coisas do pai dele. Minha mãe hoje contando que alguns dias antes de morrer, conversou muito com ele e hoje tive a oportunidade de conhecer mais histórias que não sabia e decidi. Vou a fundo nesta história e pesquisarei, viajarei até encontrar uma parte da família que se perdeu. Até encontrar mais estas fabulosas histórias que o tempo não apagou e relatarei todas elas. Sei que existem alguns materiais que meu bisavô usava (um grande livro feito aos antigos modos dos ancestrais o qual ele tinha anotado muitas coisas sobre ervas e mais algumas coisas, uma balança e algumas outras coisas), que deve ainda existir com esta parte da família que não conheço. Já tenho alguns pontos de partida. Algumas pessoas podem dizer: "isto é loucura", "coisa de sonhador", "acha que vai conseguir?"... Enfim, é uma história a ser relatada e a princípio, não me importo com o que digam. Só sei que vou atrás.
E a respeito da primeira parte deste "post" com esta segunda parte, o que tem haver?
Sinceramente não sei. Talvez tenha tudo haver, talvez não tenha nada. Talvez as verdades se fundam em algum ponto que ainda não consegui entender e por isso vou reler, assim que terminar. A única coisa que sei é que logo após a conversa fui tomar banho e de alguma forma durante ele (o banho), o primeiro texto veio fácil e claramente em minha mente e senti a necessidade de escrever. Diferente da segunda parte a qual fui pensando um pouco mais, mas gostaria muito de relatar pois foi muito poético (café, bolinhos de chuva e um bom papo).
(...) A chuva limpa o ar assim como limpa a alma, fazendo que possamos enxergar mais claramente os verdadeiros pedidos ao universo da nossa mente. Ele nos indica o caminho de diversas formas, o resto é com você, é comigo, é com a gente.
Paz, amor e harmonia.
P.S.: Acabei de reler o texto que escrevi quase como se fosse uma psicografia..., resolvi não mexer em absolutamente nada e não faço a mínima idéia de como nomear este post. Dia altamente reflexivo e isto basta.